A produção de resíduos no concelho de Sintra, em 2021, totalizou 190.549 toneladas. Os números, de acordo com os SMAS de Sintra, contemplam as diferentes tipologias de resíduos, indiferenciados e recolha seletiva (papel e cartão, plástico e metal e vidro), assim como os resíduos volumosos (‘monos’) e os resultantes de manutenção de jardins (‘verdes’) e de limpeza urbana.
A totalidade dos resíduos entregues na Tratolixo, a empresa intermunicipal que reúne os concelhos de Sintra, Cascais, Oeiras e Mafra, registou um ligeiro decréscimo em relação a 2020, 190.549 toneladas em 2021 contra 191.358 toneladas em 2020, após o crescimento registado em 2019: uma variação de 7,3%, correspondente a um aumento de 13 mil toneladas.
De acordo com uma nota divulgada pelos SMAS de Sintra, o crescimento de recolha de resíduos foi particularmente significativa em relação aos denominados ‘monos’, com um aumento de 13,02%, de 7.813 (2020) para 8.830 toneladas (2021), em particular nos meses de julho, agosto e setembro. Neste último mês, foram recolhidos mais 44,38% de resíduos volumosos do que em igual período do ano anterior. Aliás, a recolha de ‘monos’ tem crescido de forma acentuada, com um aumento de 40,9%, correspondente a 2.270 toneladas, de 2019 para 2020, já englobando o período de confinamento decorrente da pandemia de Covid-19.
Para dar resposta ao aumento dos pedidos de recolha de ‘monos’, que se acentuou no último ano, os SMAS de Sintra aumentaram de cinco para dez unidades por mês (por detentor) a recolha gratuita de resíduos volumosos, como móveis, colchões e equipamentos elétricos e eletrónicos, nomeadamente frigoríficos, máquinas de lavar e televisores, etc.
“Com esta medida, os SMAS de Sintra pretendem prestar um melhor serviço à população e, simultaneamente, contribuir para a prevenção do deposição irregular deste tipo de resíduos na via pública”, realça o diretor delegado dos SMAS de Sintra, Carlos Vieira.
Também a recolha de ‘verdes’ passou a ser gratuita até 5 m3 por semana por produtor, em vez de 1 m3, para dar resposta aos resíduos provenientes da limpeza e manutenção de jardins, espaços verdes públicos ou zonas de cultivo e das habitações, nomeadamente aparas, troncos, ramos, corte de relva e ervas. Neste caso, em 2021, os ‘verdes’ totalizaram 14.160 toneladas, um acréscimo de 3,87% em relação a 2020, em que foram recolhidos 13.633 toneladas, precisa a nota.
A recolha seletiva (plástico e metal, papel e cartão e vidro) registou um aumento global de 14.235 (2020) para 14.867 toneladas (2021), correspondente a um crescimento de 4,4%. Nos últimos anos, entre 2018 e 2021, tem-se assistido a um acréscimo significativo da componente da recolha seletiva, com um aumento de 3.370 toneladas, correspondente a um crescimento na ordem dos 30% no período de quatro anos.
“Os SMAS de Sintra estão fortemente empenhados em aumentar a recolha seletiva, no sentido de aumentar os níveis de reciclagem, e, para melhorar a resposta à população, estão a investir quatro milhões de euros na renovação e reformulação da contentorização, com a substituição de equipamentos de superfície por enterrados”, declara Carlos Vieira.