É o sexto ano seguido que os SMAS de Sintra mantêm-se abaixo dos 20% de água não faturada (perdas de água), mantendo um registo dentro do valor de referência definido pela ERSAR (Entidade Reguladora dos Serviços de Água e Resíduos) que ainda não é atingido por mais de 80% de entidades gestoras da área do abastecimento de água.
No final de 2024, Sintra registou 18% de água não faturada, que corresponde à água que, apesar de ser captada, tratada, transportada, armazenada e distribuída, não chega a ser faturada aos utilizadores. Numa década, os SMAS de Sintra reduziram este indicador de 30,9% para valores na ordem dos 18%, mas continuam a apostar na melhoria da eficiência hídrica no sentido de atingir um patamar de 15%.
Durante este período, a entidade investiu cerca de 30 milhões de euros, com destaque para o investimento realizado em empreitadas de remodelação das redes mais antigas, com maior índice de roturas, assim como a renovação de ramais de ligação e a reabilitação e impermeabilização de reservatórios. Foi conferida ainda particular atenção à deteção e localização de fugas não visíveis, tendo sido detetadas cerca de 250 fugas em 2024, estimando-se uma poupança de água, por esta via, na ordem dos três milhões de m3.
No primeiro mês do corrente ano, a pesquisa de fugas foi intensificada e, tendo sido percorridos 182 km de rede em diversos locais, foi já possível detetar 34 fugas não visíveis.
No âmbito da estratégia de redução da água não faturada, além da criação das ZMC, a entidade mantém o investimento em requalificação de condutas e ramais, como é o caso das empreitadas em curso na centralidade de Rio de Mouro Velho (316 mil euros) e na Rua Campos Monteiro e Rua Manuel Ribeiro (206 mil euros), em Algueirão-Mem Martins, assim como a impermeabilização de reservatórios, como a requalificação da câmara de manobras do Reservatório da Rinchoa, que representa um investimento de 630 mil euros e deverá estar concluída em meados de 2025.