O Município de Sintra está a disponibilizar equipamentos (hortos urbanos) para a prática de atividades agrícolas educativas, que permitem, inclusivamente, a participação de pessoas com necessidades educativas especiais e mobilidade condicionada.
Dadas as características específicas dos hortos, quer em altura, quer em configuração lateral, os equipamentos permitem a aproximação de crianças e adultos que se movimentem em cadeiras de rodas, favorecendo a inclusão social. Uma das escolas contempladas é a EB2.3 D. Fernando II, que foi visitada, recentemente, no âmbito da Presidência Aberta realizada na União das Freguesias de Sintra. A aquisição destes hortos urbanos resultou de uma parceria entre a Câmara Municipal e os Serviços Municipalizados de Água e Saneamento de Sintra (SMAS de Sintra).
Estes equipamentos urbanos, com as dimensões de 4.800×1.600×700 mm, destinam-se a estabelecimentos de ensino e a equipamentos sociais e permitem a realização de atividades lúdicas e ocupacionais no meio ambiente, promovendo a horticultura e a alimentação saudável, de uma forma confortável, natural, limpa e ordenada, referem os SMAS de Sintra, numa nota.
Com a implementação deste projeto no concelho, o Município de Sintra dá mais um passo para o cumprimento dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) delineados pelas Nações Unidas, nomeadamente ao nível da erradicação da fome (ODS 2); Educação de Qualidade (ODS 4); Cidades e comunidades sustentáveis (ODS 11); Produção e consumos sustentáveis (ODS 12); Ação climática (ODS 13) e Proteção da vida terrestre (ODS 15).
Além de facilitarem o acesso e a participação nas atividades, os hortos urbanos apresentam várias vantagens, podendo transitar de local com relativa facilidade, assim como reduzem a possibilidade de aparecimento de alguns tipos de pragas, por não estarem em contacto com terras adjacentes, e diminuem a perda de nutrientes por lixiviação, uma vez que se trata de um sistema em circuito fechado.
De acordo com os SMAS de Sintra, o equipamento, elevado à altura da cintura e com paredes inclinadas, contém um depósito de água, que se enche com água da chuva e irrigação, para além de estar dotado de uma bomba manual clássica para extração. O horto urbano possui, ainda, uma pia e uma caixa com chave, para manter arrumadas e limpas as ferramentas destinadas ao cultivo.
Os primeiros hortos urbanos foram instalados nas escolas básicas n.º 2 de Queluz e Professor Galopim de Carvalho, no Pendão (Queluz), numa experiência que se tem revelado muito enriquecedora para a comunidade educativa.