O Sindicato dos Estivadores emitiu um novo pré-aviso de greve no Porto de Lisboa até ao próximo dia 31 de janeiro, prolongando, assim, o protesto que “só é acionado se as entidades empregadoras contratarem trabalhadores estranhos à profissão”.
Com data de 21 de dezembro, este novo pré-aviso de greve – de 7 a 31 de janeiro – é divulgado um dia depois de o sindicato e os operadores se terem disponibilizado para voltar a negociar um novo contrato coletivo de trabalho, tendo definido o prazo de um mês para as primeiras conclusões.
A paralisação estende-se aos portos de Setúbal e da Figueira da Foz para abranger cargas ou navios que possam vir a ser desviados do Porto de Lisboa, devido ao contexto de greve.
Sem contrato coletivo de trabalho, o Sindicato dos Estivadores alega que os operadores se sentirão à vontade para “substituir os estivadores profissionais por trabalhadores precários de 500 euros”.
Em declarações recentes à agência Lusa, o presidente do Sindicato dos Estivadores disse que estavam a decorrer ações de formação para habilitar “mão-de-obra desnecessária ao setor”, com o intuito de “aniquilar os atuais profissionais da classe” e “aumentar os lucros dos grandes grupos económicos”, referindo-se ao negócio de venda da Tertir, do grupo Mota-Engil, ao grupo turco Yildirim.
Os operadores do Porto de Lisboa e Sindicato dos Estivadores aceitaram, ontem, reatar as conversações com vista a um acordo l que ponha um ponto final na instabilidade laboral, que já levou à suspensão de escala de “grandes armadores”. No final da reunião com os operadores do Porto de Lisboa e com o Sindicato dos Estivadores, a ministra do Mar, Ana Paula Vitorino, disse que as duas partes mostraram disponibilidade para se sentar à mesa de negociações, tendo sido definido o prazo de um mês para chegar a consensos.