A Siemens AG inaugurou em junho a sua nova sede, em Munique, um dos complexos de escritórios mais modernos e sustentáveis do mundo. A obra, iniciada em 2010, fica na icónica Wittelsbacherplatz, e contempla uma área de aproximadamente 45 mil metros quadrados, conjugando em plena harmonia, a tradição da cidade com a modernidade e as características técnicas, de sustentabilidade e eficiência que são apanágio da Siemens. O edifício, integrado na zona histórica da cidade, proporcionará um ambiente de trabalho moderno e inspirador para cerca de 1200 colaboradores e terá ainda um espaço aberto a todos os cidadãos.
A característica distintiva desta nova sede é ter sido pensada para ser praticamente autossuficiente. Comparativamente ao edifício anterior gastará menos 90% de eletricidade, menos 75% de água e diminuirá as emissões de CO2 em 90%. Consequentemente, a nova sede da Siemens será certificada com o selo de Platina pelo Leadership in Energy and Environmental Design (Leed) e pelo homólogo German Sustainable Building Council.
Uma verdadeira montra das mais modernas tecnologias para edifícios
O uso de energia geotérmica, por exemplo, é uma importante parte do sistema de controlo climatérico. Neste âmbito, cerca de 100 mil litros de água são bombeados por hora ao longo de 70 quilómetros de canos na fundação do complexo, aquecendo e arrefecendo o edifício consoante a estação do ano.
Paralelamente, um sistema eficiente de aquecimento e arrefecimento instalado no teto garante temperaturas agradáveis dentro do edifício. Todas as faixadas viradas para os pátios interiores têm janelas de tamanhos generosos, permitindo uma considerável luz solar nas salas.
Podem ainda ser recolhidos até 1,5 milhões de litros de águas pluviais no telhado do edifício para serem usados, por exemplo, para descargas sanitárias. Também no telhado está o sistema fotovoltaico que pode gerar aproximadamente um terço da energia necessária em todo o edifício.
As tecnologias Siemens têm um impacto tremendo nas poupanças energéticas que este edifício permitirá alcançar. Por exemplo, a plataforma Desigo vai recolher e analisar os dados gerados pelo aquecimento primário, pela ventilação e sistemas de refrigeração distribuídos por todo o complexo e, automaticamente, otimizará as funções destes sistemas.
“Um aspeto chave do nosso conceito geral de energia na nova sede não é apenas reduzir drasticamente o consumo de energia, mas também garantir que temos o máximo possível de eletricidade gerada a partir de fontes renováveis,” diz Jesper Friis, responsável pela área de Building Systems da equipa da Siemens Real Estate. “Isto vai ajudar a empresa a atingir os seus ambiciosos objetivos no que toca a emissões de CO2” “A Siemens quer tornar-se a primeira grande empresa a ter uma pegada de carbono neutra até 2030. Na realidade, a Siemens tem um plano para reduzir as emissões para metade até 2020”, acrescenta.
Além da preocupação com o ambiente, todo o edifício foi preparado e pensado para responder às necessidades dos seus ocupantes. Para isso foi criado um serviço de cuidados infantis, localizado ao lado da nova sede corporativa, e também uma área fitness, que pretende encorajar os colaboradores da Siemens à prática de exercício e de técnicas de relaxamento, de forma a alcançarem um maior equilíbrio entre as rotinas diárias e o desempenho laboral. Oferece ainda um espaço para todos aqueles que decidam deslocar-se para o trabalho de bicicleta, sublinhando, mais uma vez, o caráter sustentável destas instalações.
Este projeto, da autoria do gabinete de arquitetura Dinarmarquesa Henning Larsen Architects, conjuga com invulgar mestria a tradição com o futuro, uma vez que o histórico palácio de Ludwig Ferdinand e o edifício adjacente foram integrados na nova sede. Por forma a facilitar a transição entre espaços, o piso térreo foi delineado como um campus acessível ao público, com pátios verdes interiores, espaço exterior para quem queira parar e sentar-se, espaços de exibição, café e restaurante.