“As alterações climáticas no contexto da indústria da madeira” é o tema da próxima formação do Centro Adapt que se realiza no Centro de Inovação e Competências da Floresta (SerQ), na Sertã, amanhã, dia 6 de fevereiro pelas 14h30. A inscrição é gratuita mas obrigatória em: www.centroadapt.com/inscricoes.
Debater as alterações climáticas no contexto da indústria da madeira é o principal objetivo desta formação que irá abordar a influência das alterações climáticas na qualidade e disponibilidade de madeira para a indústria, as estratégias de gestão florestal adaptativa e as respetivas consequências para a indústria madeireira. Dirigida a empresas, profissionais ligados ao sector e estudantes da área
ambiental e florestal, esta é uma iniciativa que procura promover o aumento da capacidade de inovação das empresas e entidades face às alterações climáticas, assim como contribuir para a criação de importantes redes de contactos.
Segundo Sofia Knapic, do Centro de inovação e competências da floresta, “as alterações climáticas, que se têm manifestado de forma cada vez mais intensa, colocam-nos futuros desafios no que respeita à qualidade da madeira disponível para o uso industrial, nomeadamente alterações nas suas propriedades, mas também na disponibilidade em quantidade das diferentes espécies que abastecem as nossas indústrias florestais”.
Para abordar a questão das estratégias de gestão florestal adaptativa, estará presente Maria Conceição Caldeira e Vanda Oliveira do Instituto Superior de Agronomia que consideram que: “A floresta portuguesa está sujeita ao impacto das alterações climáticas tornando-se cada vez mais urgente conhecer as melhores práticas de gestão florestal adaptativa a estas novas condições. Neste contexto colocam-se diversos desafios à indústria da madeira mas também podem surgir oportunidades, por exemplo, através de um aumento de materiais renováveis.”
As alterações climáticas constituem um desafio global com impactos ambientais, económicos e sociais. O combate às mudanças climáticas através do reforço da capacidade de adaptação, é um objetivo prioritário da Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável, e implicará uma abordagem estruturada para prevenir e/ou reduzir futuros riscos, bem como, explorar potenciais benefícios.
Como explica João Carlos Marques, responsável pelo CentroAdapt, “as alterações climáticas constituem uma ameaça global para os ecossistemas naturais e humanos a nível ambiental, social e económico. Implementar estratégias concertadas e sustentáveis para mitigar os seus efeitos e potenciar a adaptação a um clima em mudança, constitui uma prioridade a curto prazo. Neste sentido, o CentroAdapt assume o papel de facilitador de informação entre a academia e as empresas/entidades, estimulando a potencial definição de necessidades dos agentes e a procura de alternativas para os desafios futuros face às mudanças climáticas”.
Com vista à criação de uma plataforma de inovação aberta e inclusiva que incorpore as competências necessárias a uma eficiente e eficaz transferência de conhecimento, o CentroAdapt leva a cabo ações de
sensibilização e networking, promovendo encontros entre os diferentes agentes, com vista a consciencializar empresas e entidades para as adaptações às alterações climáticas.