Com a última crise económica apercebemo-nos que não existiam bancos demasiado grandes para falhar. Sendo o Oceano o nosso maior “banco” de recursos, será que aprendemos a lição?
A Conferência dos Oceanos das Nações Unidas, que decorreu em Lisboa, na semana de 27 de junho a 01 de julho, teve como missão colocar o Oceano no centro das atenções e garantir uma maior e efetiva mobilização em torno dos assuntos do mar. Não apenas no sentido de que há um mundo por explorar, mas, acima de tudo, porque há um ecossistema que urge proteger, a bem da humanidade.
No MARE – Centro de Ciências do Mar e do Ambiente, unidade de investigação e desenvolvimento (UID) de âmbito nacional, os seus 500 investigadores trabalham diariamente para pôr o conhecimento científico ao serviço da preservação dos oceanos. Ora partem equipados para recolherem evidências de potenciais alterações nos habitats marinhos e espécies que aí vivem; ora desenvolvem em laboratório ideias inovadoras que permitem a utilização sustentável dos recursos marinhos. Em muitos casos, o seu trabalho é realizado em estreita colaboração com o sector privado que encontra nesta cooperação uma mais-valia para a sua área de negócio. O MARE tem um longo historial de colaborações para a monitorização de ambientes aquáticos em contexto de avaliações ambientais estratégicas e de diretivas europeias. Tem-se afirmado no desenvolvimento de soluções de base biológica que respondem a desafios societais, como é o caso substituição das embalagens de plástico não biodegradável por embalagens biológicas. Está na linha da frente nos processos de criação de Áreas Marinhas Protegidas. Tem apoiado, com resultados visíveis, procedimentos colaborativos de tomada de decisão no sector pesqueiro. E tem uma aposta forte na promoção da Literacia do Oceano, com especial enfoque na comunidade escolar.
No MARE já há muito que sabemos que o Oceano não é demasiado grande para falhar. E você?
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*Texto da responsabilidade do MARE – Centro de Ciências do Mar e do Ambiente