Há 18.700 anos a última era glaciar ainda não tinha terminado, mas os gelos que tinham tomado conta de boa parte da Europa já estavam a retroceder e uma nova cultura humana começava a prosperar. Apesar de não ser assim há tanto tempo, aquele era um mundo completamente diferente. Não havia agricultura e muito menos escrita ou cidades, mas o pensamento simbólico já tinha nascido e a arte ficou marcada para sempre nas gravuras deixadas nas grutas. As comunidades humanas subsistiam graças ao que a mãe natureza lhes oferecia. Os vestígios de caça e os instrumentos usados para esta actividade que chegaram até hoje são bastantes e as plantas também faziam parte da dieta do Paleolítico Superior. Agora, descobriram-se vestígios de cogumelos nos dentes de um esqueleto de uma mulher que viveu naquela altura, numa gruta no norte de Espanha, mais precisamente na Cantábria, avança o Público. Este é o indício mais antigo de sempre do uso de cogumelos na alimentação humana, conclui um artigo publicado recentemente na revista Journal of Archaeological Science, e é um dos aspectos novos que surgiu com a descoberta da Senhora de Vermelho, o nome do esqueleto, devido ao pigmento ocre usado nos rituais fúnebres e que foi encontrado nos ossos.
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