Durante esta semana, em que se assinala o Dia Mundial do Ambiente, terça-feira, o ministro do Ambiente, João Matos Fernandes, vai estar presente em vários eventos, em cada dia, e em vários pontos do país.
“São várias iniciativas que tentam dar visibilidade àquilo que são os eixos principais da política do Ministério do Ambiente, sendo uma semana festiva e muito focada na dimensão da educação ambiental”, disse à agência Lusa o governante.
No Dia Mundial do Ambiente, será apresentado o Relatório Estado do Ambiente (REA), que reúne informação acerca das várias áreas do ambiente, dos resíduos, à água, ar, ruído ou conservação da natureza.
Em Torres Vedras, no mesmo dia, haverá uma festa infantil, com o tema de mobilidade suave em destaque. Esta cidade tem um sistema de partilha de bicicletas.
Ainda no Dia Mundial do Ambiente, o ministro desloca-se à Arrábida, em Setúbal para inaugurar uma exposição na área da conservação da natureza, sobre roazes sadinos, espécie de golfinhos que Portugal deve proteger.
Acaba o dia com o segundo tema forte – a água – e a inauguração do centro de educação ambiental da Águas de Portugal, em Lisboa, onde serão referidas as linhas fortes da campanha para a poupança deste recurso, a avançar “tão depressa quanto possível”, segundo o ministro.
O primeiro tema forte é a eficiência dos materiais e será desenvolvido na segunda-feira, em Évora, com uma aula aberta com o título “Habitar a terra”, no âmbito da economia circular, que se baseia na redução do uso de matérias primas e na aposta na reciclagem e reutilização de produtos, ao contrário da atual economia linear, em que são extraídos recursos à natureza, usados e deitados fora.
“A terra, os adobes e tijolos feitos a partir de terra e a taipa são uma forma de construir com qualidades térmicas e acústicas muito boas e com resíduo zero, tudo é reaproveitado”, salientou João Matos Fernandes.
O ministro apontou que “o parque de edifícios que já hoje existem construídos tem os materiais todos para aquilo que vai ser a construção das próximas décadas e, mais do que a construção, a reabilitação”.
“Temos mesmo de reduzir o uso de recursos e é absolutamente fundamental que utilizemos os recursos naturais que podem ser regenerados na construção”, insistiu, recordando a vantagem de evitar a pegada do transporte.
Quinta-feira é o dia dos plásticos, com o grupo de trabalho criado para repensar a fiscalidade nesta vertente a apresentar as suas conclusões, que serão alargadas à redução da utilização deste material, no sentido da meta fixada por Bruxelas da recolha de 90% das garrafas de bebidas de plástico descartáveis até 2025.
“O plástico é um material de grande valor e flexibilidade e certamente continuará a ser usado durante muitos anos na indústria e pelos portugueses, por isso temos de garantir a sua reciclabilidade”, disse o ministro.
Segundo o governante, está prevista a assinatura de acordos voluntários, com os utilizadores e produtores de plástico, com “a restauração, distribuição e uma associação de bebidas”, no sentido de, ainda antes de a diretiva estar em vigor, começarem já a cumprir as metas.
O programa nacional de política de ordenamento do território também vai ser tema da semana do ambiente e o ministro vai marcar presença em duas das três sessões de apresentação, na Madeira, na quarta-feira, e nos Açores, na sexta-feira, com o objetivo de divulgar as atividades do Fundo Ambiental que têm tido poucas candidaturas das regiões autónomas.
Além destas iniciativas, várias atividades estão marcadas por todo o país para assinalar o Dia Mundial do Ambiente e chamar a atenção para a importância de preservar a natureza, organizadas por autarquias, associações e empresas.