Segunda edição da Academia Electrão vai premiar com 20 mil euros ideias inovadoras apresentadas até 14 de maio
A segunda edição da Academia Electrão vai premiar com 20 mil euros as ideias mais inovadoras – relacionadas com embalagens, pilhas e equipamentos eléctricos usados – que forem apresentadas até 14 de maio, lê-se num comunicado divulgado à imprensa.
Esta é uma iniciativa dinamizada pelo Electrão (Associação de Gestão de Resíduos), que pretende promover os projetos que contribuam para a economia circular e sustentabilidade ambiental.
Esta sexta-feira, 16 de abril, às 11h00, a um mês do final do prazo de recepção das candidaturas, vai decorre um webinar “Academia Electrão: onde a imaginação e a inovação se encontram”. A sessão, com a duração de 30 minutos, pretende promover a discussão sobre a iniciativa e esclarecer eventuais dúvidas de última hora. Serão também apresentados os projetos vencedores da primeira edição. A sessão conta com a presença de um dos elementos do júri, Graça Martinho, professora da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade NOVA de Lisboa. As inscrições podem ser feitas aqui.
Até ao momento já foram submetidas cerca de três dezenas de candidaturas a esta segunda edição do concurso, que arrancou em dezembro de 2019. O fecho das candidaturas chegou a estar anunciado para maio de 2020 mas, em virtude da pandemia, a associação decidiu estender o prazo.
“Para cumprir a sua missão de reciclar cada vez mais e melhor o Electrão conta com todos os intervenientes da cadeia de valor das embalagens, pilhas e equipamentos eléctricos usados, mas reserva um lugar especial aos projectos de investigação e desenvolvimento, que podem fazer a diferença neste sector. Esta iniciativa promove ainda aquele que é um dos quatro grandes valores do Electrão: a inovação”, salienta o director-geral do Electrão, Pedro Nazareth.
Esta iniciativa destina-se a “instituições de ensino superior e de investigação, aos seus alunos e investigadores, mas também está aberta ao setor empresarial, associações, instituições e ainda à comunidade artística e outras entidades e particulares”, lê-se no comunicado.
Os projetos a concurso são avaliados por um júri multidisciplinar que é constituído por quatro reputadas personalidades do setor. Além de Graça Martinho, o júri integra ainda Fernanda Margarido, professora do Instituto Superior Técnico, Jorge Delgado, especialista em Tecnologias da Informação e Vera Norte, fundadora e Partner da Communicatorium.
As candidaturas podem ser apresentadas através do preenchimento do formulário online disponível no site da iniciativa – www.academiaelectrao.pt – onde pode igualmente ser consultado o regulamento do concurso.
Cinco categorias a concurso
As cinco categorias a concurso permitem que os candidatos apresentem projetos muito distintos. Cada projeto vencedor receberá quatro mil euros.
“Contentorização Electrão” é o tema da primeira categoria. Aqui cabem os projectos que promovam a eficácia e a eficiência na recolha e armazenamento. Segue-se a categoria “Valorização Electrão”, que se refere a ideias ou projectos que abordem os desafios e oportunidades da valorização através da reciclagem e reutilização. A categoria “Digital Electrão” foi criada a pensar nos projectos que contribuem para o aumento da eficiência dos processos operacionais e de sensibilização, comunicação e educação dos cidadãos por via da digitalização. Na categoria “Mobilização Electrão” serão acolhidos os projectos que fomentem a mobilização e envolvimento social, bem como a responsabilidade dos cidadãos perante a sociedade e o ambiente. Finalmente, para a categoria “Arte Electrão”, serão considerados os projectos de sensibilização, comunicação e educação sobre a problemática dos plásticos nos oceanos.
Os projetos já premiados
Na primeira edição da Academia Electrão foram distribuídos 18 mil euros aos seis projectos vencedores. O vencedor da categoria “Ponto Electrão” foi o projecto “Eco-Compact”, um conjunto de três contentores com trituradores e prensa que permite compactar os resíduos reduzindo o número de deslocações necessárias. Artur Saramago, Rute Mota, Cristiana Silvestre e Rúben Silva da FCT-NOVA fora os promotores do projecto.
Na categoria “Mobilização Electrão” saiu vencedor o projecto “ReciclARTE”, promovido pela CAZambujal Associação Recreativa e Associação Equipa d’África. Prevê a dinamização de actividades com a comunidade do Bairro do Zambujal, em Alfragide, dedicadas a crianças e jovens, incluindo gincana de jogos tradicionais com resíduos.
O prémio “Digital Electrão” coube à “EcoApp”, desenvolvida por Rita Marques e Laura Pereira. Pretende incentivar mudanças no dia-a-dia através da partilha de boas práticas. A app permite aceder a mapas de ecopontos, lojas com artigos em segunda mão, postos de compostagem e restaurantes e cafés com políticas ambientais, entre outros.
“Lix’Arte – Pequenos Pedaços”, promovido pelo Centro Paroquial Vera Cruz, foi o projecto vencedor na categoria “Arte Electrão”. O livro infantil (“Onda de Mudança”) pretende alertar para a problemática dos plásticos nos ecossistemas marinhos. Incluirá pinturas de crianças, colagens e esculturas com plásticos recolhidos em praias.
O prémio da categoria “Reciclagem Electrão” foi entregue à Zouri, uma marca de calçado eco-vegan, que incorpora nas solas dos sapatos plástico retirado das praias de Esposende. Todo o processo de tratamento e produção do produto é realizado a nível local em Famalicão e Felgueiras.
“Esticar+” foi o projecto vencedor na categoria “Reutilização Electrão”. Convida os jovens a transformar brinquedos electrónicos avariados através de uma formação básica em electrónica/robótica. O projecto é da autoria da ReadyMind – Associação sem fins lucrativos para a reutilização de resíduos por meio da arte e do design.