O secetário de Estado do Ambiente, Carlos Martins, viu-se forçado a prescindir do subsídio de alojamento, que ronda os 750 euros. Começou por garantir que não tencionava prescindir desta verba mas menos de 24 horas depois mudou de posição e abdicou do subsídio atribuído aos governantes que têm residência a mais de 150 quilómetros de Lisboa, refere o Jornal i.
Carlos Martins admitiu ao DN, na segunda-feira, que reside habitualmente em Cascais. O governante garantiu, porém, que não tencionava abdicar do subsídio, que recebe por ter residência no Algarve.
As declarações, publicadas na edição de terça-feira, fizeram com que a polémica subisse de tom e, a meio da tarde de ontem, o secretário de Estado do Ambiente esclareceu, em comunicado, que irá “a partir de hoje prescindir do subsídio de alojamento” – uma decisão que explica com a necessidade de “preservar” a sua imagem e a “normalidade do funcionamento do Ministério do Ambiente”.
Na mesma nota explica que tem “inequivocamente direito” ao subsídio de alojamento “uma vez que a sua residência permanente é em Tavira”. O governante admite porém ao DN que residia habitualmente em Cascais, numa casa de que é proprietário desde 2001. Carlos Martins adquiriu a casa no Algarve em novembro de 2015, umas semanas antes de ir para o Governo. A intenção era passar a residir naquela região, já que tinha sido nomeado no verão desse ano para presidente executivo da Águas do Algarve.