Mais de metade do país está em situação de seca severa a extrema. A não melhorar, esta situação poderá pôr em causa a disponibilidade hídrica para as várias utilizações e, essencialmente, para o consumo humano.
No Algarve, os caudais de regularização das albufeiras não permitiram, este ano, grandes subidas em termos de percentagem de armazenamento de água, com exceção da albufeira da barragem da Bravura, que esteve próxima de atingir a sua capacidade máxima. Ainda assim, nesta região, a situação das disponibilidades hídricas para o abastecimento público é ainda favorável, estando atualmente assegurado o suprimento das necessidades para o abastecimento público até ao final do período seco de 2016.
Em termos de disponibilidade de água superficial para o abastecimento público, a situação é mais favorável na região de barlavento, onde os consumos são também superiores, sendo que a situação das disponibilidades a sotavento merece um “acompanhamento mais apertado ao longo do próximo período húmido”, de acordo com a porta-voz da Águas do Algarve, Teresa Fernandes. “Pode afirmar-se que esta situação favorável resulta sobretudo do importante investimento que foi efetuado pela Águas do Algarve na constituição e disponibilidade de uma nova e grande origem de água superficial, ou seja, da construção da barragem de Odelouca e da sua albufeira”, explica a Águas de Portugal.
Em outubro, data em que se iniciará o novo ano hidrológico, a Águas do Algarve espera uma melhoria do balanço hídrico.