Mais de 1.700 cabeças de gado bovino morreram, nos últimos dois meses, no município de Caimbambo, província de Benguela, na sequência de uma seca que afeta algumas províncias do sul de Angola, noticia a agência Lusa.
A situação levou àquela província a diretora dos Serviços de Veterinária de Angola, Bernardete Santana, que orientou aos criadores de gado a abertura de chimpacas (reservatórios de água) e represas para minimizar o problema, que já causou a morte de mais de 1.730 cabeças de gado bovino.
A responsável considerou a medida urgente, para atender a situação de seca e falta de pasto, orientando ainda o transporte de capim das províncias da Huíla e do Cuanza Sul, para alimentar o gado.
Segundo a responsável, uma equipa dos Serviços Veterinários vai supervisionar a distribuição de capim para a nutrição do gado, nas zonas críticas. Em 2011, semelhante seca causou a morte de mais de 4.000 cabeças de gado bovino no município de Caimbambo.
A seca provou também, no município de Quilengues, província da Huíla, a morte de 50 cabeças de gado bovino, nas duas últimas semanas, situação que tem preocupado as autoridades e criadores de gado.
De acordo com o administrador local, Armando Vieira, “está a morrer muito gado no Quilengues”. “Estão fixados numa zona onde não há água, são obrigados a movimentar-se aldeias completas para outras zonas à procura de água”, explicou Armando Vieira, sublinhando que Quilengues é uma zona em que chove muito pouco.