A Schneider Electric acaba de partilhar com a impresna o seu novo relatório – Innovative Organizations. 6 trends for companies leading at the renewable energy edge – no qual são “exploradas as seis principais tendências de inovação no âmbito das energias renováveis” que estão a “moldar a forma como as empresas líderes concebem a gestão das emissões de carbono e a compra de energia”.
Num cenário marcado pela rentabilidade da tecnologia e pelo combate ao aquecimento global, o relatório diz que “cada vez mais empresas e entidades desenvolvem estratégias de ação climática, de descarbonização e de energias renováveis”. Neste sentido, no quadro da iniciativa mundial RE100, 140 empresas já se comprometeram a utilizar 100% de energias renováveis.
“As organizações terão um papel fundamental no momento de dar forma à estratégia global de energia. Não só porque são os seus maiores consumidores, mas também porque são a chave para a adoção em grande escala das energias renováveis e das soluções tecnológicas sustentáveis”, garante Raquel Espada Martín, EMEAS Strategy vice-president for Energy and Sustainability Services da Schneider Electric.
Tendências empresariais em direção às energias renováveis
O novo relatório da Schneider Electric foca-se nas empresas que lideram a transição para as energias renováveis e soluções tecnológicas limpas, identificando as seis tendências-chave que estão na base do compromisso das referidas organizações.
- A redução das emissões de carbono
Mais de 460 empresas de todo o mundo, entre elas a Schneider Electric, já anunciaram o seu compromisso para com os Science-Based Targets – o que pressupõe, aproximadamente, uma média de duas organizações por semana. Entre estas, 125 empresas já estabeleceram e aprovaram os seus objetivos.
Este facto mostra que as organizações de todo o mundo estão cada vez mais “conscientes de que o aquecimento global e o seu impacto são uma ameaça para a continuidade das suas operações e que esta ameaça deve ser combatida mediante uma redução drástica das emissões de CO2”. A aposta em ferramentas como os Certificados de Atributos de Energia (EAC) e os Acordos de Compra de Energia (PPA) será necessária para as organizações que “apostem nas energias renováveis para estimular a sua redução das emissões de carbono”, diz o mesmo realtório.
- Envolvimento de toda a cadeia de valor
Tal como indica o relatório, setores como a indústria e o retalho têm um enorme impacto ecológico, apresentando uma pegada de carbono de nível 3. Processos como o transporte, a gestão e a cadeia de distribuição são responsáveis por grande parte das emissões de gases com efeito de estufa.
Por esse motivo, envolver toda a cadeia de valor no momento de abordar os impactos da energia e das emissões de carbono é outra das principais necessidades, evidentes no relatório da Schneider Electric. Envolver diretamente os fornecedores na redução das emissões, através da adoção de energias renováveis, será cada vez mais comum.
- O aparecimento de mercados globais viáveis
Em todo o mundo, começam a desenvolver-se rapidamente mercados de energia limpa. O principal instrumento é o Certificado de Atributos de Energia (EAC), que facilita a monitorização e o comércio de energias renováveis.
De acordo com o relatório, a disponibilidade, a credibilidade, a escala e a rentabilidade são alguns dos desafios com que se deparam as organizações quando pretendem transferir a sua atividade com as energias renováveis para os mercados globais. Apesar de os Estados Unidos, o Canadá e a Europa continuarem a ser as regiões predominantes, prevê-se que mercados em crescimento, como a Índia, a China ou a Austrália, ofereçam cada vez mais oportunidades para as organizações com presença global.
- A ligação água-energia
A organização CDP identifica a água como sendo um elemento de risco para quase todas as empresas de todos os setores industriais. O abastecimento de água encontra-se ameaçado pelo aquecimento global, o que pode afetar a continuidade das operações.
O consumo de energias renováveis pode ajudar a dimunir este risco. Uma investigação da relação entre o consumo de água e o consumo de energia durante as operações revelou que uma redução na energia convencional pode resultar numa redução no consumo de água, nos custos e no impacto.
- Os modelos de abastecimento colaborativos
Ajudar a abrir o mercado a outros participantes por meio de modelos de abastecimento colaborativos é outra das importantes tendências observadas entre as empresas que lideram este movimento, tanto através da constituição de consórcios como de colaborações com grandes empresas no sentido de promover projetos a uma escala maior.
- Novas tecnologias: testando os limites da geração renovável
De acordo com este novo relatório da Schneider Electric, a rede do futuro será uma meshgrid descentralizada, a qual irá permitir uma produção e um consumo de energia mais independentes. O resultado será o aparecimento de uma nova geração de prossumidores IoT.
A curto prazo, as organizações líderes podem abraçar a gestão ativa da energia (AEM), a qual reconhece e tira partido das interdependências e sinergias entre os objetivos de redução de recursos, eficiência empresarial, compra de energia renovável e a presença da mesma tanto nos mercados convencionais como nos mercados ecológicos.