O grupo hoteleiro e operadora de jogo Sands China, com casinos em Macau, anunciou hoje a proibição do uso de palhinhas de plástico em todos os seus espaços, prevendo poupar uma tonelada deste material, descartável, todos os anos, conta a agência Lusa.
A medida entrou em vigor na terça-feira e vai permitir economizar 2,2 milhões de palhinhas por ano, ou seja, uma tonelada de plástico, segundo a empresa, cujas propriedades receberam mais de 97 milhões de visitantes em 2017.
“Colocadas de ponta a ponta na ponte Hong Kong-Zhuhai-Macau, são palhinhas suficientes para se estenderem de Macau a Hong Kong dez vezes”, exemplificou o grupo, em comunicado, comprometendo-se a avançar com outras medidas sustentáveis. A mega ponte que liga Macau a Hong Kong é considerada a maior travessia marítima do mundo, numa extensão total de 55 quilómetros.
Macau, um território com pouco mais de 30 quilómetros quadrados, tem mais lixo per capita que cidades como Pequim, Xangai ou Hong Kong. O abuso do plástico descartável na região tem mobilizado ativistas e já deu azo a uma petição que reuniu milhares de assinaturas.
O Governo prometeu entretanto avançar com medidas para combater o plástico, mas defensores ambientais continuam a exigir do Executivo medidas legislativas. Em outubro, um dos rostos da petição disse à Lusa que vai continuar a recolher assinaturas até o Governo avançar com leis.
“Concordaram com o que estamos a fazer, mostraram-se preocupados, o que é bom, mas não mencionaram quando é que vão avançar com medidas legislativas para proibir o plástico descartável, alegando que terá de ser dado um passo de cada vez”, disse Annie Lao, após uma reunião com a Direção dos Serviços de Proteção Ambiental.