Rogério Ivan Rodrigues foi eleito presidente da Comissão Executiva do GEOTA no passado dia 20 de abril em Assembleia Geral, realizada no Centro Ecológico Educativo do Paul de Tornada, em Caldas da Rainha. Com experiência na gestão associativa regional e intermunicipal e Engenheiro especialista em Energia, Rogério Ivan Rodrigues pretende reforçar o papel do GEOTA como influenciador da política ambiental através da intervenção pró-ativa junto de outras organizações da sociedade civil, da academia e de decisores políticos.
A nova Comissão Executiva integra também Patrícia Tavares (Jurista), João Grilo (Doutorando em Engenharia de Ambiente) e Miguel Macias Sequeira (investigador em energia e clima) como Vice-Presidentes, Américo de Abreu Ferreira (Gestor) como Tesoureiro, Gabriel Goucha (Jurista) e Judite Fernandes (Geóloga), como suplentes.
Para Rogério Ivan Rodrigues, “os desafios para os próximos anos são enormes, espelhados nas metas cada vez mais urgentes e ambiciosas de convénios e estratégias como os compromissos nacionais e internacionais resultantes da COP28 (clima). A nível europeu aguardamos com expectativa a aprovação da Lei do Restauro da Natureza assim como a aprovação das propostas que constituem o Pacto Ecológico Europeu. Em Portugal, iremos estar muito atentos ao Plano Nacional de Energia e Clima 2030 e Roteiro para a Neutralidade Climática no âmbito da Lei de Bases do Clima e aos Planos de Sustentabilidade Energética”.
É nesse sentido que o GEOTA apresenta cinco prioridades da política ambiental nacional: a aposta num modelo de agricultura de precisão e não intensiva e não permitir novos empreendimentos de regadio que levem a mais gastos de água indiscriminados; a aposta na eficiência hídrica como pilar da gestão da água evitando a construção de novas barragens e de novas centrais dessanilizadoras; manter a proibição de novas áreas de eucalipto e acelerar a execução do Programa de Transformação da Paisagem de modo a termos um país mais resiliente aos incêndios, com menos incêndios e menos área ardida; apostar na ferrovia como principal mecanismo de mobilidade metropolitana e nacional e em transportes públicos de alta qualidade e alta frequência, tendencialmente gratuitos para algumas franjas da população, de modo a reduzir drasticamente as emissões de carbono e competir com vantagem em relação ao transporte individual para a maioria das deslocações; e criar um Plano Nacional de Restauro e desenvolver um Plano Nacional de Solos que consubstancie uma efetiva estratégia de monitorização, proteção e recuperação dos solos em Portugal e recomendar a gestão efetiva (com mais recursos humanos e materiais) das Áreas Protegidas e Rede Natura 2000 evitando a sua deterioração constante ao longo das últimas décadas.
“No próximo biénio 2024/2025 iremos manter a aposta na remoção de barreiras em rios e o restauro dos ecossistemas de água com o desenvolvimento do projeto Rios Livres. Mantemos ainda ainda uma participação relevante na educação ambiental nacional através dos projetos Coastwatch Portugal e do Centro Ecológico Educativo do Paul de Tornada – Professor João Evangelista, ambos com um papel importante em termos de conservação da natureza, preservação dos ecossistemas e da biodiversidade. Em defesa da floresta iremos reforçar os projetos Renature dedicados à recuperação de áreas de áreas ardidas através da reflorestação em larga escala com a colaboração das comunidades locais”, conclui o Presidente do GEOTA.