Ria Formosa entra no mapa das energias marinhas
Na barra de Faro-Olhão, a principal “boca” que a ria Formosa abre ao mar, a corrente é forte. “Chega aos cinco metros por segundo numa embocadura de apenas 160 metros”, explica André Pacheco, investigador do CIMA – Centro de Investigação Marinha e Ambiental, da Universidade do Algarve e que irá, segundo o Diário de Notícias, testar ali um protótipo de última geração para a utilização da energia das marés. O objetivo é avaliar as possibilidades de aproveitamento da energia das marés naquele local, monitorizando durante dois meses o desempenho de uma turbina fluente de demonstração.
O equipamento vai para a água em 2017 e, durante dois meses, será feito um estudo multidisciplinar, com a medição de todos os parâmetros, incluindo o impacto social – nesse período a energia será aproveitada para a ilha da Culatra. “Vamos fazer isto pela primeira vez em Portugal”, afirma André Pacheco, acrescentando que “este é um projeto de demonstração e a ideia é sobretudo colocar a ria Formosa, e Portugal, no mapa mundial da investigação e desenvolvimento nesta área. O objetivo é mostrar que a ria é um dos locais do mundo onde vale a pena fazer os testes destas tecnologias”.