A Repsol, a Axens, (fornecedora internacional de soluções tecnológicas para a indústria), e o IFP Energies Nouvelles (IFPEN), instituto francês dedicado à investigação e formação no domínio da energia, desenvolveram e patentearam um novo processo que melhora a reciclagem química dos resíduos plásticos e impulsiona a produção de materiais circulares.
Através do novo processo “Rewind Mix”, é possível “remover impurezas de óleos de pirólise de plásticos usados, tais como silício, cloro, diolefinas e metais”, e utilizá-las diretamente como “matéria-prima, sem necessidade de diluição em unidades petroquímicas existentes para o efeito”, refere, em comunicado, a Repsol.
Tal como explica a energética, a pirólise é um dos “meios promissores para a reciclagem química dos resíduos plásticos”, que de outra forma seriam incinerados ou depositados em aterros, uma vez que permite a “produção de plásticos reciclados de qualidade alimentar com uma baixa pegada de carbono”. E este novo processo de melhoria do óleo de pirólise, “permite que seja utilizado de forma maciça como matéria-prima nos processos existentes”, acrescenta.
O processo Rewind Mix foi desenvolvido no Repsol Technology Lab e nas instalações do IFPEN, através de um exigente plano de desenvolvimento tecnológico. Este plano, segundo a Repsol, incluiu “testes em instalações-piloto com diferentes tipos de óleos de pirólise, para definir em que condições a futura instalação industrial, e que será integrada nas unidades petroquímicas, virá a funcionar”.
O novo processo baseia-se nos catalisadores da Axens, testados industrialmente, e ainda na vasta experiência dos três parceiros no setor da indústria petroquímica. A Repsol, a Axens e o IFPEN, vão analisar a primeira aplicação do novo processo numa instalação industrial da Repsol, e a Axens ficará responsável pela comercialização do produto, mediante as licenças necessárias para o efeito.