No âmbito do Dia do Resineiro, assinado este sábado, 21 de outubro, foram celebrados, em Arganil, na presença de João Paulo Catarino, Secretário de Estado da Conservação da Natureza e Florestas, protocolos entre os associados da Associação de Destiladores e Exploradores de Resina (Resipinus) e o Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas. O objetivo destes protocolos assentam na cedência de sete tratores e respetivas alfaias, relativas ao apoio à atividade da resinagem, num investimento de 630 mil euros.
De acordo com o Ministério do Ambiente e da Ação Climática, esta maquinaria foi adquirida com o apoio do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), no âmbito da Componente 12 – Bioeconomia Sustentável, à qual se soma a aquisição de mais 13 tratores que serão cedidos a organizações de produtores florestais, representando um investimento adicional de 1,17 milhões de euros. No total, serão 1,8 milhões de euros de investimento.
A componente 12 tem uma dotação global de 145 milhões de euros, sendo a resina um dos três setores apoiados (têxtil e vestuário, calçado e resina natural). Os objetivos são incentivar a transição para produtos de base biológica de alto valor acrescentado, em alternativa às matérias de base fóssil, e que se tornem mais eficientes na utilização de recursos.
Numa nota Governo lembra que esta componente do PRR tem inscritos 33 milhões de euros para apoio específico ao setor da resina, considerando três pilares principais: “fomento da produção da resina natural nacional, reforço da sustentabilidade da indústria transformadora, e diferenciação positiva da resina natural e produtos derivados”.
No pilar dirigido ao fomento da produção da resina natural nacional, no qual se insere a cedência de tratores, estão a ser desenvolvidas iniciativas para aumentar a produção da resina em Portugal, garantir níveis de autoabastecimento à indústria e também para catalisar a gestão florestal sustentável, reduzir o risco de incêndio e contribuir para o desenvolvimento do mundo rural. Como exemplos adicionais refere-se o programa “Resineiros Vigilantes”, ou a beneficiação de povoamentos de pinheiro bravo em áreas prioritárias para a resinagem através do aproveitamento da regeneração natural, no âmbito da qual já foi aprovada uma intervenção em cerca de 4.000 hectares.