Repsol faz maior descoberta de petróleo dos últimos 30 anos nos EUA
A Repsol realizou, em conjunto com a companhia associada Armstrong Energy, a maior descoberta convencional de hidrocarbonetos dos últimos 30 anos, nos Estados Unidos, mais precisamente no Alasca. Os poços que permitiram esta descoberta, denominados de Horseshoe-1 e Horseshoe-1A foram perfurados no âmbito da campanha de exploração do inverno 2016-2017 e confirmam que a formação de Nanushuk é uma das que têm maior potencial na zona petrolífera do Norte Slope do Alaska, refere a empresa, em comunicado.
Estima-se que os recursos contingentes dos blocos da Repsol e da Armstrong Energy, identificados com os dados existentes sobre a formação Nanushuk, sejam equivalentes a cerca de 1.200 milhões de barris recuperáveis de crude ligeiro.
A Repsol tem explorado ativamente o Alasca desde o ano de 2008 e, desde 2011, a empresa tem realizado múltiplas descobertas na zona Norte Slope, com a associada Armstrong. As diferentes campanhas realizadas nesta área, que se considerava madura, revelaram um novo potencial significativo. Para além disso, as infraestruturas existentes no Alasca permitiram que os recursos se desenvolvessem com maior eficácia.
A empresa conta com uma participação de 25% em Horseshoe e de 49% em Pikka. A Armstrong dispõe da restante percentagem e é, atualmente, o operador.
Antes da descoberta em Horseshoe, a Repsol tinha realizado enquanto operador outros 13 poços de exploração e o delineamento do Norte Slope, que permitiram encontrar diversos reservatórios na formação de Nanushuk, na zona de Pikka.
A descoberta de Horseshoe estende a formação de Nanushuk em mais de 32 quilómetros face às descobertas realizadas até ao momento em Pikka, pela Repsol e pela Armstrong, em 2014 e 2015, e cujas licenças de desenvolvimento estão a ser processadas. Está previsto que uma percentagem significativa dos recursos identificados seja classificada como reservas possíveis e testadas, uma vez obtidas as licenças administrativas do projeto de Nanushuk.
O plano de desenvolvimento preliminar de Pikka estima que a produção se inicie a partir de 2021, com um potencial de cerca de 120.000 barris de petróleo por dia.
O poço Horseshoe-1, perfurado a uma profundidade total de 1.828 metros (6.000 pés), descobriu uma coluna clara de petróleo de mais de 46 metros (150 pés) em distintos reservatórios da formação de Nanushuk. Por outro lado, em Horseshoe-1A, perfurado a uma profundidade total de 2.503 metros (8.215 pés), encontrou-se uma coluna clara de petróleo de mais de 30 metros (100 pés), também em Nanushuk.