A Repsol assina contrato de investimento de 657 milhões de euros com o Governo português: “O investimento, agora formalizado, foi considerado, pelo Estado português, como sendo de potencial interesse nacional (PIN), o que levou à contratualização de incentivos fiscais ao investimento no valor de até 63 milhões de euros”, lê-se numa nota divulgada pela companhia energética.
“A indústria e a tecnologia são dois avanços essenciais para a competitividade da economia de um país”, começou por dizer o presidente da Repsol, Antonio Brufau, destacando que “a iniciativa privada e as políticas públicas devem trabalhar em conjunto, da melhor forma possível, para uma transição energética compatível com a competitividade económica e a redução de emissões”.
Antonio Brufau salientou a importância deste investimento estratégico, tanto para a Repsol como para Portugal, que se soma a outros realizados pela empresa no país, tais como a aquisição do complexo industrial de Sines – a maior instalação petroquímica em Portugal – em 2004 e, também nesse mesmo ano, de uma importante rede de estações de serviço, refere o mesmo comunicado.
De acordo com a empresa, o maior investimento industrial realizado nos últimos 10 anos em Portugal, que permitirá melhorar a balança comercial do país, contempla a “construção de uma fábrica de polietileno linear (PEL)” e “uma fábrica de polipropileno (PP)”, cada uma com uma capacidade de 300 mil toneladas por ano. “As tecnologias de ambas as fábricas, que têm conclusão prevista para 2025, garantem a máxima eficiência energética, são líderes de mercado e as primeiras do seu género a serem instaladas na Península Ibérica”, assegura a empresa. Além disso, vão contribuir para a “integração e diversificação da área industrial da Repsol e a sua liderança na Europa”, refere o comunicado.
Segundo Josu Jon Imaz, CEO da Repsol, “este investimento demonstra o compromisso da Repsol com o seu complexo industrial e com a geração de riqueza e emprego de qualidade em Portugal. O Complexo Industrial de Sines tornar-se-á numa referência europeia e os materiais avançados que produzirá terão um papel importante na descarbonização da sociedade”.
Este projeto permite à multienegética prosseguir o objetivo de ser uma empresa de emissões líquidas zero até 2050 e está alinhado com a estratégia do Acordo de Paris. Além disso, este investimento, em conjugação com a localização estratégica da ZILS – Zona Industrial e Logística de Sines (gerida pela AICEP Global Parques – Gestão de Áreas Empresariais e Serviços, subsidiária da AICEP), a proximidade ao porto de Sines e a criação de novas instalações logísticas, como a anunciada pela IP de Portugal para a reabilitação do Ramal do Complexo Industrial de Sines, permitirá desenvolver mais sinergias na área industrial da empresa, melhorar a conexão ao mercado europeu e reduzir a pegada de carbono do transporte dos produtos.