rePlant: sensores digitais e uso de robótica entre destaques para valorização da floresta
O rePlant apresentou os resultados do trabalho desenvolvido ao longo de três, por 20 entidades, para a valorização da floresta, dando destaque para a utilização de novas alfaias “inteligentes” para a floresta, a robótica nas operações de limpeza florestal, as novas aplicações de smartphone, a monitorização da floresta através de câmaras óticas e os novos sensores digitais e processos para a comunicação de dados em máquinas florestais.
Na apresentação em Lisboa, destacaram-se igualmente quatro ensaios de diferentes espécies e proveniências de pinheiro, vários ensaios instalados, nove manuais técnicos para melhoria da gestão florestal, dois sistemas de apoio à decisão na gestão do fogo, três novos equipamentos, oito tecnologias testadas e dez pilotos de testes, com demonstrações no terreno em temas como o melhoramento genético, a proteção contra incêndios e a deteção de ignições e monitorização do fogo, novas formas de implantar floresta, digitalizar a cadeia de valor, e tornar acessível a estimativa de produção.
Este projeto liderado pelo CoLAB ForestWISE e pela The Navigator Company foi estruturado em três grandes áreas de atuação: Gestão da Floresta e do Fogo, Gestão do Risco e Economia Circular e Cadeias de Valor.
Para Carlos Fonseca, diretor Científico e Tecnológico do CoLAB ForestWISE, “o rePLANT, é o primeiro grande projeto do CoLAB ForestWISE, assumindo-se também como o primeiro projeto de dimensão colaborativa para a nossa floresta. É, para nós, um grande orgulho constatar que o forte envolvimento e empenho dos vários parceiros empresariais e académicos neste projeto mobilizador possibilitou o desenvolvimento de produtos e resultados que estão alinhados com as principais necessidades dos domínios da floresta e do fogo em Portugal”.
Por sua vez, José Luís Carvalho, da The Navigator Company, refere que “sem ilusões, o rePLANT é ainda um pequeno passo para o setor, mas uma grande esperança de que a semente agora já germinada e plantada, possa constituir-se numa floresta ativa e dinâmica, baseada no melhor conhecimento técnico e científico com raízes portuguesas”.
Esta sessão contou ainda com uma mesa-redonda, com a presença de António Redondo, administrador Executivo da The Navigator Company, João Faria Conceição, administrador Executivo da REN, José Ferrari Careto, administrador Executivo da E- REDES e José Soares de Pina, administrador Executivo da Altri.
O secretário de Estado da Economia, Pedro Cilínio, também esteve presente nesta apresentação e salientou que “este projeto surge da necessidade de desenvolver soluções integradas, inovadoras que promovam a gestão sustentável das nossas florestas. O rePLANT teve o condão de trazer uma nova dinâmica, que tem vindo a ser intensificada em vários setores económicos, entre as empresas”.
Este projeto teve um investimento de 5,6 milhões de euros, destinados a desenvolver produtos e serviços que garantam a gestão sustentável das florestas portuguesas.