Segundo dados da REN — Redes Energéticas Nacionais, em maio o consumo de energia elétrica registou uma queda de 2% face ao mês homólogo do ano anterior (3.940 GWh), uma diminuição que é menos expressiva – 0,4% – quando corrigida dos efeitos de temperatura e número de dias úteis.
Apesar da quebra verificada este mês, o consumo no período acumulado entre janeiro e o fim de maio subiu 0,8% com correção de temperatura e dias úteis (ou 0,1% sem essa correção), face ao mesmo período do ano passado.
Em maio, as condições excecionais para a produção renovável mantiveram-se, com a REN a registar índices de produtibilidade de 2,33% na energia hidráulica (o mais elevado de sempre nos registos da empresa, desde 1971) e de 1,16% na energia eólica.
Deste modo, as fontes renováveis garantiram 75% do consumo nacional e das exportações, com a energia hidráulica a ser responsável por 44% do consumo, a eólica por 25%, a biomassa por 4% e fotovoltaica 1%.
Já a produção não renovável, que abasteceu os restantes 25%, foi repartida por carvão e gás natural com 14% e 11%, respetivamente.
O saldo entre as importações e exportações foi positivo, com o total exportador a representar 18% do consumo nacional e a ser o mais elevado de sempre registado para este período, de acordo com os dados da REN.
Também no mercado de gás natural se registou uma retração em maio, com uma evolução homóloga negativa de 3,1%, com quebras tanto no mercado convencional (2,7%), como no mercado elétrico (6,2%).
No período de janeiro a maio, o consumo total de gás natural regista agora uma quebra homóloga de 4,7%, apesar de uma variação ainda positiva no segmento elétrico que regista neste período (1,7%).