Renováveis abasteceram 75% do consumo de energia elétrica nos primeiros oito meses do ano
Entre janeiro e agosto do corrente ano, 75% da energia elétrica consumida em Portugal veio de fontes renováveis, tendo a hídrica sido responsável por 33% da energia, a eólica por 26%, a fotovoltaica por 10% e a biomassa por 6%. A produção a gás natural abasteceu 8% do consumo, enquanto os restantes 17% corresponderam a energia importada.
Em agosto, a produção renovável abasteceu 55% do consumo, a produção não renovável 10%, enquanto os restantes 35% corresponderam a energia importada. De realçar o crescimento na solar, que representou 15% do consumo nacional no mês, com pontas diárias acima de 2600 MW. A produção de energia fotovoltaica e eólica estiveram perto da média histórica (1), com os respetivos índices a registarem 1,02 e 1,00, enquanto na hídrica os valores foram relativamente mais favoráveis. No período de janeiro a agosto o índice de produtibilidade hidroelétrica registou 1,33, o de eólica 1,04 e o de solar 0,96 (média histórica de 1).
Em agosto, o consumo de energia elétrica cresceu 0,1% face ao mês homólogo, valor que sobe para 0,3%, com correção dos efeitos da temperatura e número de dias úteis. No período de janeiro a agosto o consumo registou uma evolução positiva de 1,7% ou 2,2% com correção da temperatura e dias úteis.
No mercado de gás natural, o consumo manteve-se muito condicionado pela baixa utilização das centrais termoelétricas, como resultado tanto da disponibilidade de energia renovável em Portugal como das importações de Espanha. Em agosto, o mercado de gás contraiu 29% face ao mesmo mês do ano anterior, repartido por descidas de 69% no segmento de produção de energia elétrica e de 1,7% no segmento convencional.
O abastecimento nacional manteve-se integralmente a partir do terminal de GNL de Sines, enquanto a interligação com Espanha registou um saldo exportador equivalente a 35% do consumo nacional.
De janeiro a agosto, o consumo de gás natural registou uma descida homóloga de cerca de 22%, com menos 68% no segmento de produção de energia elétrica e uma subida de 2,2% no segmento convencional.