O consumo de energia elétrica recuou 1% em março, face ao período homólogo, ou 1,1% com correção dos efeitos de temperatura e número de dias úteis. Os dados, divulgados pela REN-Redes Energéticas Nacionais, apontam que a evolução anual registou, no final do trimestre uma variação positiva de 2,1%, ou 1,3% com correção da temperatura e dias úteis, de acordo com os dados
No passado mês março, as condições meteorológicas voltaram a ser negativas para as energias renováveis, com exceção da fotovoltaica. De acordo com a REN, o índice de produtibilidade hidroelétrico situou-se em 0,65 (média histórica igual a 1), o eólico em 0,83 e o solar em 1,14. A ponta da produção fotovoltaica ultrapassou pela primeira vez os 1500 MW, cerca de 400 MW acima do que se registava no período homólogo do ano anterior. A produção renovável abasteceu 56% do consumo, a não renovável 15%, enquanto os restantes 29% foram abastecidos com recurso a energia importada.
Nos três primeiros meses do ano, o índice de produtibilidade hidroelétrica situou-se em 0,95, o de produtibilidade eólica em 0,93 e o de produtibilidade solar em 1,14. Neste período, a produção renovável abasteceu 72% do consumo, repartida pela hidroelétrica com 34%, eólica com 27%, biomassa com 6% e fotovoltaica com 5%. A produção a gás natural abasteceu 19% do consumo, enquanto os restantes 9% a corresponderem ao saldo importador.
No mercado de gás natural registou-se, em março, uma variação homóloga negativa de 25%. Esta variação, segundo os dados da REN, deveu-se fundamentalmente ao comportamento do segmento de produção de energia elétrica, que apresentou uma quebra homóloga de 58%, enquanto no segmento convencional, que abrange os restantes consumidores, a evolução mantém-se negativa, mas com uma variação de apenas 0,7%. O abastecimento do sistema nacional foi efetuado fundamentalmente partir do terminal de GNL de Sines, 89% do total, com os restantes 11% recebidos através da interligação com Espanha.
No final do trimestre, os dados indicam que o consumo acumulado anual de gás regista uma variação homóloga negativa 20%, repartida por um recuo de 4,1% no segmento convencional e uma queda de 39% no segmento de produção de energia elétrica. No segmento convencional trata-se do consumo mais baixo desde 2009.