REN atinge EBITDA de 388,5M€ nos primeiros nove meses do ano, inferior a 2023
Nos primeiros nove meses de 2024, o EBITDA da REN – Redes Energéticas Nacionais atingiu 388,5M€, uma diminuição de 1,8% face ao mesmo período do ano anterior, fruto de uma redução da atividade doméstica (-2,5M€) e internacional (-4,4M€). A atividade em Portugal foi impactada pelo esperado efeito negativo da nova regulação do segmento do gás, parcialmente compensado por melhores resultados operacionais no segmento de transmissão de eletricidade. O desvio na performance no Chile reflete o reconhecimento, em 2023, de um proveito extraordinário de 3,9M€.
Conforme esperado, o resultado líquido atingiu 84,2M€ (-12,0M€), fruto de uma menor contribuição do EBITDA (-6,9M€) e resultados financeiros mais baixos (-10,9M€).
A subida do CAPEX para 212,9M€ (+35,8M€ que no período homólogo) resulta, entre outros fatores, do incremento do investimento na rede elétrica em Portugal, para possibilitar a integração de novos centros de produção elétrica através de fontes renováveis. Estes investimentos refletem o compromisso da REN com a transição energética e o apoio à política energética do país. Para responder adequadamente aos desafios crescentes da atividade operacional, o número de colaboradores da REN aumentou de 741 para 770 (+4%).
A dívida líquida situou-se em 2.568,0M€, uma diminuição de 180,7M€ comparativamente ao valor registado no final de 2023. Sem considerar o efeito dos desvios tarifários, a dívida atingiria 2.358,4M€. O custo médio da dívida foi de 2,8%, em linha com o valor registado no primeiro semestre de 2024, e refletindo um aumento face aos 2,4% registados nos primeiros nove meses de 2023.
O consumo de energia elétrica em Portugal registou um crescimento homólogo de 1,7%, ou 2,3% corrigindo os efeitos de temperatura e número de dias úteis. Nos primeiros 9 meses do ano, a produção renovável abasteceu 73% do consumo, o que compara com 55% a setembro de 2023. A produção hidroelétrica abasteceu 31% do consumo, a eólica 26%, a fotovoltaica 10% (um aumento de 34% em comparação com o ano anterior) e a biomassa 6%. A produção a gás natural abasteceu 8% do consumo e os restantes 19% correspondem ao saldo importador. O consumo de gás natural reduziu 22,8% em relação ao período homólogo, com o segmento convencional a registar um aumento de 2,1%.
A REN manteve elevados níveis de qualidade de serviço, registando um tempo de interrupção equivalente de 0,01 minutos na transmissão de eletricidade, e uma taxa combinada de disponibilidade de 100% no transporte de gás.
Entre janeiro e setembro de 2024, a REN manteve o seu compromisso com iniciativas de desempenho ambiental, registando uma redução de cerca de 33% nas emissões de âmbitos 1 e 2, em comparação com os três primeiros trimestres de 2023.