A REN – Redes Energéticas Nacionais iniciou mais uma etapa para a introdução de hidrogénio na Rede Nacional de Transporte de Gás, ao começar a remodelar os cromatógrafos, aparelhos que permitem medir a qualidade do gás transportado na rede.
Os 16 cromatógrafos existentes na rede deverão ser todos adaptados até ao final do ano, sendo que esta ação da REN é fundamental para a obtenção, ainda em 2023, da certificação para receber e transportar até um máximo de 10% de hidrogénio.
Estas primeiras alterações serão, numa primeira fase, alvo de um período de observação e monitorização de desempenho, com recurso quer aos dados convencionalmente teletransmitidos para o Despacho, quer através de acessos remotos. O projeto está a ser operacionalizado pela área da Exploração de Gás e conta com o contributo das áreas de Planeamento de Gases Renováveis, Engenharia e Inovação e Gestão Técnica Global do Sistema Nacional de Gás.
Estes cromatógrafos alterados vão permitir ainda reduzir consideravelmente o consumo de hélio na análise que fazem, adicionando-se-lhe árgon, uma vez que o hélio é um gás muito raro na atmosfera, não-renovável, imprescindível em pesquisas científicas e também aplicado em tecnologias como as ressonâncias nucleares magnéticas, as espectroscopias de massa, bem como na produção de fibras óticas e de chips de computador.
A REN tem vindo a reforçar o seu compromisso com a sustentabilidade, tendo assumido o objetivo de reduzir as suas emissões em 50% até 2030, esperando atingir a neutralidade carbónica em 2040, dez anos antes do definido pela União Europeia