Redecor: Revestimentos mais ecológicos, água mais pura
Por Joana Mensurado Santos, diretora geral da Redecor
A água para consumo humano deve ser livre de organismos patogénicos, pura e potável. No que respeita ao setor da água, existem vários países europeus que têm trabalhado em conjunto no sentido de obter uma maior harmonização dos critérios de aprovação de produtos em contacto com água potável (sejam estes de base cimentícia, orgânica ou metálica). Este trabalho foi iniciado em 2011 pela Alemanha, França, Reino Unido e Holanda; em 2018 juntou-se a Dinamarca e também Portugal se candidatou para pertencer a este grupo. Esta colaboração tem como principal objetivo adotar uma abordagem comum e diretamente comparável na aceitação dos constituintes dos materiais em contacto com água potável, o teste e os métodos de teste dos materiais, o estabelecimento de normas para o controlo da produção e respetivas auditorias assim como as certificações e os organismos autorizados para o teste.
No que respeita à reabilitação e revestimento de estruturas de água potável, o mercado alemão tem tradicionalmente apostado bastante nas soluções à base de argamassas cimentícias. Por este motivo, tem vindo a aprofundar bastante as normas neste contexto através do organismo DVGW – German Technical and Scientific Association for Gas and Water.
Ao longo dos últimos anos temos vindo a assistir a um aumento da exigência das diretrizes preconizadas pelo DVGW, nomeadamente no que respeita ao projeto W300, que pertence ao comité técnico que trabalha as questões relativas ao “Armazenamento de água”. Os produtos de origem alemã têm vindo a evoluir e começam a estar classificados como estando ou não em conformidade com a norma DVGW 300-5.
Esta norma tem promovido a melhoria dos produtos cimentícios pois veio trazer mais exigências ao nível da sua resistência e especialmente na quantidade de aditivos e polímeros permitida nos produtos. Os produtos têm, por isso, evoluído no sentido de se tornarem mais resistentes aos diversos tipos de águas (mais macias ou mais duras) de forma a cumprirem as normas referentes à força de compressão, resistência à flexão, porosidade e elasticidade. Deste processo evolutivo têm resultado melhores produtos com maiores durabilidades. Adicionalmente, as exigências ao nível da quantidade de aditivos e polímeros garantem uma exposição mínima da água potável a componentes prejudiciais à saúde. Para além da redução da exposição da água a estes componentes, esta diminuição permite também minimizar a quantidade de cloro necessária como agente de desinfeção.
A norma DVGW 300-5 divide os produtos cimentícios em quatro categorias de acordo com o nível de aditivos e polímeros que contêm. Dentro do tipo I incluem-se os produtos que não têm quaisquer aditivos no cimento nem polímeros, tipo II são produtos com um máximo de 5% de aditivos e sem polímeros, tipo III até um máximo de 10% de aditivos e polímeros, tipo IV até um máximo de 25% de aditivos e polímeros. Com estas exigências, os fabricantes têm de responder com produtos mais limpos, quer nas matérias-primas que utilizam (por exemplo, recorrendo a cimentos mais puros), quer no seu próprio processo produtivo (através da redução dos aditivos utilizados).
O caminho é claro e muito relevante na proteção da qualidade de um bem tão escasso quanto a água destinada ao consumo humano. No que diz respeito à Redecor, enquanto empresa especializada na reabilitação de estruturas de água, garante que está a acompanhar este caminho e continua a apostar nos melhores produtos que dão resposta a estas exigências. A Redecor acredita que apenas apostando na qualidade pode trabalhar de forma consistente num setor tão importante e sensível como o da água potável.