No primeiro semestre deste ano, foram contabilizadas mais de 536 mil peças de roupa desviadas de aterro e que tiveram uma segunda vida, de acordo com a informação divulgada pela Humana Portugal, instituição parceira do município na recolha seletiva de roupa usada no concelho.
A gestão destes materiais descartados traduziu-se em benefícios ambientais, sendo que as mais de 178 toneladas evitaram a emissão de 1090 toneladas de CO2, e benefícios sociais no que respeita à criação de emprego verde, no apoio a projetos de cooperação para o desenvolvimento e programas sociais da autarquia. De referir ainda que a quantidade recolhida tem impactos diretos na economia circular no concelho do Seixal.
“De salientar que esta recolha e valorização de têxtil, além de ser amiga do ambiente, permitiu ainda dedicar recursos à ação social, visto que, neste semestre, foram investidos 8174 euros nas hortas urbanas do município”, refere o presidente da Câmara Municipal do Seixal, Paulo Silva.
No concelho do Seixal, existe uma rede de 101 contentores de recolha de roupa na via pública e 35 contentores disponíveis em instituições e empresas privadas, distribuídos em todas as freguesias, onde podem ser depositados os têxteis usados, como vestuário, calçado, acessórios e têxteis-lar.
Toda a roupa usada e os resíduos têxteis (trapos velhos, roupa estragada, etc.) devem ser colocados nestes contentores dedicados e nunca nos contentores de lixo comum.
Esta boa prática permite que toda a roupa usada possa ter o destino mais adequado: a roupa em bom estado é triada por profissionais especializados e é-lhe dada uma nova vida numa vasta rede de lojas de roupa em segunda mão. Os resíduos têxteis, por sua vez, são encaminhados para desperdício, com a possibilidade de valorização das fibras têxteis.