O presidente da Câmara Municipal da Maia, António da Silva Tiago, acompanhou o circuito de recolha de resíduos orgânicos integrado no serviço de recolha porta-a-porta, um projeto piloto que está a ser implementado, em articulação com o município e a Lipor, em 1100 habitações uni e bifamiliares, na freguesia de Águas Santas.
“Trata-se de uma experiência, que iniciou nos finais de outubro, onde ao serviço de recolha seletiva porta-a-porta já efetuado (papel/cartão, embalagens e vidro) se integrou a componente dos orgânicos de forma a segmentar os resíduos muitas vezes colocados no indiferenciado, mas que também têm potencial de valorização”, afirma o autarca.
A ação foi acompanhada pelo Conselho de Administração da Maiambiente: Paulo Ramalho (presidente da Maiambiente e vereador da Câmara Municipal da Maia), Marta Peneda (vereadora da Câmara Municipal da Maia) e Fernando Leite (administrador-delegado da Lipor).
A Maia reforça a sua posição de referência na recolha seletiva dos resíduos, contrariando a tendência nacional no cumprimento das metas do PERSU2020. “Criar uma cidade mais agradável para todos, mas também contribuir para que a sustentabilidade seja uma missão cumprida é um dos principais objetivos dos projetos que temos vindo a implementar”, afirma Paulo Ramalho, presidente da Maiambiente.
Salientando, “graças ao empenho dos munícipes, a Maia é um município de referência na recolha seletiva dos resíduos. Mas isso só é possível se forem colocadas à disposição dos cidadãos condições que o permitam. E, sem dúvida, a Maiambiente tem dado um contributo fundamental para que isso aconteça”.
Adesão é já superior a 53%
Com o objetivo de promover a valorização dos resíduos orgânicos com potencial de compostagem, foram entregues contentores dedicados (40 litros para a recolha e de 10 litros para uso interior). A adesão é já superior a 53%, e nas primeiras 10 recolhas efetuadas, foram recolhidos mais de 6 mil kg destes resíduos, o que equivale a cerca de 5,15 kg por produtor.
Sérgio Lira, munícipe abrangido pelo projeto, considera que a introdução de mais um fluxo de recolha seletiva foi uma “transição tranquila”. Explicando, “veio uma equipa de sensibilização que explicou como deviamos utilizar os equipamentos e quais os resíduos que deveríamos considerar e a partir daí foi fácil”. Para Sérgio Lira, a maior diferença sentida foi na diminuição dos resíduos indiferenciados: “O lixo indiferenciado diminuiu para cerca de metade ou até menos”, conclui com satisfação.
O projeto piloto está a ser implementado na freguesia de Águas Santas, em zona composta maioritariamente por habitações uni e bifamiliares, mas tem como propósito ser alargado num futuro próximo ao resto do concelho. A entrega foi acompanhada de uma ação de sensibilização que irá continuar até ao final do ano.
António da Silva Tiago conclui: “É um projeto que está a ter um êxito excelente e que, a seu tempo e estando reunidas todas as condições técnicas e logísticas, gostaríamos de alargado ao resto do concelho.”
É de salientar que a separação dos resíduos orgânicos permite o seu encaminhamento para a Central de Valorização Orgânica da Lipor, onde posteriormente são transformados em composto Nutrimais. O projeto que arranca agora no serviço “Ecoponto em Casa”, já se encontrava implementado no município da Maia em “grandes produtores” de resíduos orgânicos (restaurantes, cantinas de escolas, empresas e instituições).