Recolha seletiva aumenta em 50% em Sintra entre 2017 e 2022
Entre 2017 e 2002, a recolha seletiva as fileiras tradicionais (papel/cartão, plástico/metal e vidro) aumentou 50% em Sintra, traduzindo-se num acréscimo de 5.101 toneladas durante esse período.
Os Serviços Municipalizados de Água e Saneamento de Sintra (SMAS de Sintra) entregaram em 2022 na Tratolixo (entidade responsável pelo tratamento de resíduos urbanos nos concelhos de Sintra, Cascais, Oeiras e Mafra) um total de 15.503 toneladas de resíduos provenientes da recolha seletiva, contra 10.402 toneladas recolhidas em 2017. O crescimento registado ao nível da recolha seletiva, que está a ser reforçada agora com mais uma valência, a dos biorresíduos, reflete a aposta dos SMAS de Sintra em melhorar a eficiência e a sustentabilidade do sistema de recolha e transporte de resíduos.
De acordo com os SMAS de Sintra, no período de 2017 a 2022, o maior crescimento foi registado ao nível da recolha de papel/cartão, com um “aumento de 63,4%”, relativo a mais 2 352 toneladas (6 064 em 2022 e 3 712 em 2017), seguindo-se as embalagens de plástico, com “uma subida de 51,1%”, com 1.528 toneladas a mais (4 518 em 2022 e 2 990 em 2017), e, finalmente, o vidro, com um “acréscimo de 33%”, respeitante a 1.221 toneladas (4.921 em 2022 e 3.700 em 2017).
“Os SMAS de Sintra estão fortemente empenhados em aumentar a recolha seletiva, no sentido de potenciar a reciclagem e diminuir os resíduos encaminhados para aterro, fomentando a Economia Circular”, declara o diretor delegado, Carlos Vieira, que enuncia a aposta desenvolvida, nos últimos anos, em renovar a contentorização, com a substituição de equipamentos de superfície por enterrados.
Em 2022, outras recolhas como as de ‘verdes’ e ‘monos’, que constituem uma das preocupações pelo seu descarte ilegal junto da contentorização, assumiram um decréscimo. No caso dos resíduos que resultam da limpeza de parques e jardins, houve uma descida de 1.720 toneladas (-12,15%), em comparação com o ano anterior, enquanto os resíduos volumosos, desde móveis até eletrodomésticos, diminuíram 771 toneladas (- 8,73%). No último ano, os cidadçaos sintrenses produziram quase 132 mil toneladas de resíduos indiferenciados, menos 1.111 toneladas do que em 2021, sendo que, neste caso, a tendência será para uma diminuição mais acentuada nos próximos anos, em função do incremento do sistema de recolha de biorresíduos (correspondentes a 40% dos indiferenciados).
“Até ao final do ano, cumprindo as orientações nacionais e comunitárias, contamos ter o sistema de recolha de biorresíduos em velocidade de cruzeiro, contribuindo decisivamente para a valorização dos resíduos alimentares, para a produção de composto para fertilização agrícola ou de energia”, realça Carlos Vieira.