Recolha e reciclagem de cápsulas de café aterra em Lisboa

Depois de Cascais e Guimarães, o projeto da Associação Industrial e Comercial do Café (AICC), promovido por seis empresas – Delta Cafés, JMV, Massimo Zanetti Beverage Iberia, Nestlé Portugal, NewCoffee e UCC – que representam 13 marcas de café, continua a disseminar-se, agora a partir da capital portuguesa.

Esta iniciativa visa disponibilizar aos consumidores um sistema mais conveniente e de proximidade, através de ecopontos dedicados, para assegurar a circularidade e o descarte das suas cápsulas de café usadas. Até ao final de 2023, Cantanhede e Almada são os municípios que se seguem, adianta a AICC, num comunicado.

Para Carlos Moedas, Presidente da Câmara Municipal de Lisboa (CML), “hoje damos mais um passo para a descarbonização da cidade de Lisboa. O combate às alterações climáticas faz-se com grandes projetos transformadores que implicam investimentos significativos – como mudar 16 mil luminárias para tecnologia LED ou tornar os transportes públicos gratuitos para jovens e idosos –, mas também com ações do quotidiano, como esta que agora iniciamos, e que têm a capacidade de mobilizar os cidadãos para uma causa que é de todos”.

Após Cascais no final de 2022, concelho onde foram já recolhidas 3,8 toneladas de cápsulas entre 25 de novembro de 2022 e 31 de maio, e Guimarães desde meados de junho, onde foram criados pontos de recolha nas suas 48 freguesias e em duas dezenas de supermercados do concelho,Lisboa é o mais recente município a aderir a este desígnio de sustentabilidade e circularidade no setor torrefator em Portugal.

“Temos já três ecocentros móveis que circulam três dias por cada uma das 24 freguesias de Lisboa e que, desde janeiro, já permitiam recolher cinco toneladas de vários materiais, incluindo CDs, toners ou tachos e panelas e também uma tonelada de cápsulas de café, e queremos adaptar o fluxo de cápsulas nos ecocentros e duplicar as quantidades recolhidas até ao fim do ano. O nosso objetivo é conseguir reciclar 65% dos resíduos urbanos até 2030″, afirma Ângelo Pereira, Vereador da Higiene Urbana da CML.

Ao todo, Lisboa passa a dispor, a partir de hoje e conforme referido acima, de três ecocentros móveis que abrangerão as suas 24 freguesias, permitindo a todo o lisboeta consumidor de café em cápsulas de plástico ou alumínio, de todas as marcas disponíveis no mercado, reciclar efetiva e integralmente o recetáculo do seu café preferido e dar-lhe uma nova vida.

“Inicialmente, pensámos que a melhor solução seria incorporar as cápsulas nos ecopontos amarelos, mas iam para refugo e acabavam por não ser recicladas. Assim, graças à congregação de esforços destas seis empresas e à intensa colaboração com cada vez mais autarquias do país, optámos por esta solução de recolha dedicada para a reciclagem de cápsulas, levando a reciclagem até à porta de todos os consumidores de cápsulas de café em Portugal”, declara Cláudia Pimentel, Secretária Geral da AICC.

A apresentação pública em Lisboa, que incluiu um ato simbólico de assinatura protocolar pelos vários representantes das marcas de café, decorreu esta terça-feira, 11 de julho, às 11 horas, nos Paços do Concelho, e contou, entre outras, com as presenças de Carlos Moedas, Presidente da CML, Ângelo Pereira, Vereador de Higiene Urbana da CML, Victor Martins, Presidente Associação Industrial e Comercial do Café (AICC), Cláudia Pimentel, Secretária Geral da AICC, Pedro Rosas Oliveira, CEO da NewCoffee, Rui Miguel Nabeiro, CEO do Grupo Nabeiro – Delta Cafés, Rolim Marques, Administrador da Massimo Zanetti, Jaime De La Rica, Business Executive Officer da Nespresso Portugal, e Teresa Mendes, Business Executive Officer Coffee Nestlé Portugal.