Nos primeiros nove meses do ano, foram recolhidas seletivamente 347.774 toneladas de embalagens, um valor que, em termos globais, representa uma estagnação, já que o aumento foi de apenas 0,4%, face ao período homólogo.
Daqui a dois anos, o país precisa de estar a reciclar 65% de todas as embalagens que são colocadas no mercado e a taxa global em fecho de 2022 é de 60%.
Ainda assim, por material, os dados de desempenho do Sistema Integrado de Gestão de Resíduos Urbanos de Embalagens mostram que, entre janeiro e setembro, os portugueses encaminharam para reciclagem 110.859 toneladas de papel/cartão e 60.945 toneladas de plástico, o que significa um aumento de 4% e 2%, respetivamente.
O vidro mantém-se como o material que merece particular atenção, já que foram depositadas 163.136 toneladas destes resíduos nos vidrões, ou seja, menos 3.969 toneladas, face a igual período em 2022.
A CEO da Sociedade Ponto Verde, Ana Trigo Morais, afirma que “apesar de as embalagens cumprirem as atuais metas globais da reciclagem em Portugal, os resultados destes nove meses de 2023 são um alerta, quando existem novas metas, bastante ambiciosas, para atingir já em 2025. Aliás, devem preocupar todos os que têm intervenção nesta cadeia de valor, nomeadamente os operadores municipais e intermunicipais, cujo nível de serviço ao cidadão é crítico para o sucesso da recolha seletiva das embalagens, e também os cidadãos, que devem abraçar, seriamente, esta causa”.