“Que possamos no futuro olhar para trás e dizer que Lisboa marcou a diferença entre a projeção do nosso oceano (…) e que tivemos a coragem de enfrentar o desconhecido e de captar o enorme potencial oceânico de forma sustentável”. Estas são as ambições que Carlos Moedas, presidente da Câmara Municipal de Lisboa, espera que resultem da 2.ª Conferência dos Oceanos das Nações Unidas que decorre em Lisboa.
O autarca, que falou esta segunda-feira, 27 de junho, na abertura da Conferência, assegurou que “Lisboa sente uma vocação específica enquanto guardiã do mar devido à geografia e história”, mas lamentou que “a proteção dos nossos oceanos carece de governação, da sociedade civil, da ciência, de estudantes, das empresas e das ONG”.
Nesta “carência”, Carlos Moedas reforçou a importância do poder local: “Enquanto presidente de Câmara, posso no terreno fazer a diferença, traduzindo os macrobjetivos em ideias concretas, envolvendo os cidadãos na conceção e na implementação destas ideias”. A título de exemplo, o autarca anunciou que, no verão, Lisboa será das “primeiras capitais europeias” a dispor de “transporte público gratuito para jovens e idosos”, bem como a lançar o Centro Global Oceânico, um “acelerador que ligará a investigação científica com produtos aplicáveis técnico-científicos”.
“Queremos traduzir os vossos objetivos em ideias concretas para os cidadãos”, disse Carlos Moedas, constatando que “as cidades são hoje as plataformas do agora e as plataformas que ligarão os cidadãos com os vossos objetivos”.
“Salvar os Oceanos Proteger o Futuro” é o tema central da 2.ª Conferência dos Oceanos que começou esta segunda-feira, 27 de junho, e termina na próxima sexta-feira, 1 de julho. Ao longo destes cinco dias, vários chefes de Estados e de Governo, em conjunto com líderes do setor privado, da comunidade científica e outros parceiros juntam-se nesta Conferência para definir um novo caminho que assegure a proteção e a conservação dos oceanos e dos seus recursos.