A Quercus, enquanto membro da Comissão Coordenadora do MIA (Movimento Ibérico Antinuclear) em Portugal, esteve presente no IV Fórum Social Mundial Antinuclear que decorreu em Madrid nos dias 31 de maio, 1 e 2 de junho.
O IV Fórum Social Mundial Antinuclear teve como objetivo “fazer uma reflexão conjunta sobre o tema da Energia Nuclear”, partilhando “lutas e resistências que ocorrem a nível mundial”, com o propósito de colocar o “fim ao uso da energia nuclear a nível global”, refere a Associação em comunicado. Ao longo deste Fórum foram também foram discutidos vários assuntos que dizem respeito a Portugal, tais como a “possibilidade da continuação do funcionamento da Central Nuclear de Almaraz pós 2020” e o “projecto de exploração de urânio na região de Salamanca”, ambos junto à fronteira com Portugal. Foram igualmente definidas e articuladas as estratégias futuras do Movimento Antinuclear a decorrer em Portugal e Espanha.
No final das discussões, as organizações presentes no IV Fórum Social Mundial Antinuclear decidiram reafirmar a “luta contra a indústria do nuclear”, que é contrária ao “princípio da precaução e não é a solução energética de futuro”, lê-se no mesmo comunicado. Foi também exigido pelos participantes no Fórum que as centrais nucleares em funcionamento encerrem a sua atividade no término das suas licenças de exploração, nomeadamente as Centrais Espanholas, começando pela Central de Almaraz, cuja licença de funcionamento expira em 2020. Igualmente foi exigido a proibição de abertura de novas explorações de urânio na Península Ibérica, em particular na região de Salamanca, onde se tem registado uma forte pressão por parte de empresas multinacionais deste setor. Os participantes decidiram também estreitar a sua colaboração a nível internacional, de forma regulada e alargada, criando uma plataforma que permita dialogar e trabalhar em rede a nível mundial, de modo a continuar e a fortalecer a luta antinuclear.
O IV Fórum Social Mundial Antinuclear reuniu diversas plataformas antinucleares, organizações promotoras de energia renováveis, partidos políticos, sindicatos, organizações e movimentos ambientais e sociais e teve a presença de vários oradores provenientes de todo o mundo. No total, estiveram reunidos neste evento mais de 150 pessoas de vários países como Espanha, Portugal, França, Alemanha, Tuquia, Estados Unidos, Argentina e Brasil.