A Quercus negou ontem ter beneficiado de qualquer “financiamento secreto” por parte do município de Gaia e apresentou uma queixa contra o presidente da câmara pelo “crime de ofensa ao bom nome de pessoa coletiva, agravada pelo meio e pelas especiais responsabilidades”. No passado sábado, segundo explica o Jornal de Notícias, Eduardo Vítor Rodrigues tinha afirmado que os protestos contra o novo local do Festival Marés Vivas tinham origem no fim de “um financiamento secreto” da câmara àquela organização ambientalista.
Tais declarações são “falsas, graves e profundamente atentatórias da reputação da Quercus”, esclarece a organização, em comunicado. E explica que “não tem interesses ocultos nem outra motivação que não seja a defesa intransigente do património natural”. A organização explica que não houve qualquer corte de apoios pois o “Protocolo Ecosaldo”, assinado em 2010 entre a Quercus e a autarquia de Gaia, previa um “valor único de 15000 euros, destinado a garantir a comparticipação portuguesa na candidatura a desenvolver”.
Na mesma nota, a organização ambientalista refere que “é insidiosa a insinuação de que foi por causa deste protocolo que a Quercus nunca viu problemas na anterior localização a ‘apenas 900 metros’ da nova”. Esclarece que “enquanto anteriormente a zona de nidificação começava a 930 metros do festival, agora começa a 30 metros. A diferença do impacto é óbvia mesmo para o mais desavisados”, acusa.