A Quercus pediu pareceres sobre a legalidade e os impactos da realização do festival Marés Vivas a 90 metros da Reserva Natural do Estuário do Douro, em Gaia. Os pedidos foram remetidos, na terça-feira passada, com caráter de urgência, ao Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas e à Inspeção-Geral do Ambiente, explica o Jornal de Notícias. A associação faz depender das respostas o recurso ou não à justiça.
A interpelação dos ambientalistas surge três dias depois da primeira reunião da comissão de acompanhamento para o festival Marés Vivas, criada pelo Ministério do Ambiente e que é liderada pela Agência Portuguesa do Ambiente e integra um representante do Instituto de Conservação da Natureza. Os trabalhos preparatórios da comissão, encarregue de minimizar o impacto do festival na reserva e de recolher informação sobre o ruído produzido e a perturbação provocada sobre a fauna local, decorreram no passado dia 1 deste mês. Mas a atividade desta comissão não sossega a Quercus, até porque “remete a avaliação dos impactos do festival para data posterior à sua realização”, o que “não permite evitar os impactos precisíveis, tais como a morte das aves” e a destruição de ninhos e de vegetação, como pode ler-se no comunicado emitido ontem pelos ambientalistas.
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