A Quercus organiza, em parceria com a sua congénere Quercus – Cabo Verde, a 1ª Ação dedicada a sensibilizar sobre os riscos de exposição a amianto, no próximo dia 28 de junho, na Cidade da Praia – Cabo Verde. Com esta ação a associação ambientalista pretende traçar linhas de orientação junto da sua congénere Quercus – Cabo Verde, sensibilizando os participantes para os riscos de exposição a fibras de amianto, esclarecendo sobre a presença de amianto em materiais e equipamentos, informar sobre os cuidados no manuseamento e remoção de materiais contendo amianto, como a apresentação de materiais e soluções alternativas e mais sustentáveis.
À semelhança de outros países numa larga escala mundial, como por exemplo alguns estados do Brasil, a China, a Índia, a Rússia, o Cazaquistão e grande parte dos países Africanos, em Cabo Verde as fibras de amianto ainda são utilizadas em diversas aplicações, principalmente na produção de materiais em fibrocimento, com aplicações que vão desde coberturas, revestimentos de paredes ou floreiras, com malefícios associados e comprovados.
Apesar de evidenciado o risco das fibras de amianto e a relação casual entre a sua exposição e o desenvolvimento de doenças como cancro (mesotelioma – cancro da pleura do pulmão, cancro do pulmão, cancro do ovário, cancro da laringe ou cancro do estômago), que levou a ser considerado como um tema “prioritário” pelo Comité Económico e Social Europeu e à sua proibição em cerca de 60 países, Cabo Verde continua a construir casas e edifícios em Fibrocimento, recorrendo a técnicas rápidas e fáceis a custos acessíveis, sem que sejam avaliados os impactes para a saúde dos ocupantes e trabalhadores expostos durante as montagens em obra.
Em Cabo Verde, assim como em muitos países, o amianto ainda tem uma utilização comum desde ser incorporado no fabrico de condutas, depósitos e tanques para fornecimento e armazenamento de água, coberturas, revestimentos de tetos e paredes, chaminés, pavimentos até a casas pré-fabricadas.