Quercus lamenta demora na remoção dos lixos carbonizados da fábrica em Mirandela e pede rastreios médicos à população exposta a emissões tóxicas
A Quercus considera que cinco anos foi muito tempo para resolver o problema da remoção dos resíduos carbonizados armazenados numa fábrica em Mirandela, que ascendiam às 4.000 toneladas de detritos resultados dos incêndios decorridos em 2013 e 2016.
Nesta unidade funcionava um centro de triagem de resíduos de origens muito diversas, onde era possível encontrar desde pneus, pilhas, equipamentos elétricos e eletrónicos, peças de veículos em fim de vida, entre outras tipologias de plásticos.
A parte atingida pelos dois incêndios foram os fardos de plástico já separados, das diferentes origens, ou seja um derivado de petróleo, que quando entra em combustão liberta emissões tóxicas para o Ambiente mas também para a Saúde das populações expostas, entre os quais poderão ser libertadas dioxinas e furanos, ou mesmo dióxido de carbono que contribui para o efeito de estufa e as alterações climáticas.
Durante estes anos foram várias as queixas por parte de população relativamente aos impactes que estiveram expostos a estas emissões, bem como ao tempo em que a combustão se manteve ativa, que durou diversas semanas, que poderá ter contribuído para a má qualidade do ar, o mesmo que foi inalado pelas populações durante este período temporal, frisa a associação.
“Este exemplo mostra como a burocracia dos processos prolonga por muito tempo situações que merecem uma atuação imediata”, adianta em comunicado. Por outro lado, a Quercus saliente a importância de manusear os resíduos carbonizados de forma adequada e que aos mesmos seja atribuído o destino final licenciado, para evitar desviar o problema de um local para outro.
A Quercus considera que o assunto ficaria definitivamente resolvido com um rastreio médico preventivo à população que esteve exposta durantes estas semanas a estas emissões poluentes.