A Quercus saúda em comunicado a Câmara Municipal da Batalha pela sua “recusa na instalação da Pedreira Barrosinha no seu concelho, em concreto, na Freguesia de Reguengo do Fetal”.
De acordo com a Quercus, o Projeto da Pedreira Barrosinha “está previsto para uma zona onde iria ter um enorme impacte visual, numa vertente da serra onde não seria possível a implementação de medidas de mitigação do impacte visual gerado”. Para a Associação “é importante ter em consideração que, a menos de 450m, existem já outras duas pedreiras de grandes dimensões” considerando que “não deve esta zona ser submetida a nova unidade de exploração de inertes”.
A Quercus sabe que uma destas pedreiras, denominada “Casal das Pedreiras n.º5” (n.º 4318), encontra-se em fase final de licenciamento para ampliação de área. Esta pedreira conta atualmente com uma área licenciada de 53.745m2 e pretende uma ampliação de 174.665m2, perfazendo um total de 228.410m2. O projeto de ampliação da pedreira n.º 4318 prevê assim uma ampliação da área atual em 325%, o que desde já se considera completamente fora do normal. Teme-se assim, que esteja em curso mais um procedimento de legalização de exploração abusiva de inertes, à semelhança do que acontece com a Mina Ribeiro Seco.
Entende a Quercus que, para além da ampliação da pedreira “Casal das Pedreiras n.º5” estar a ser preparada para atingir dimensões que vão “impactar fortemente a paisagem e os valores ambientais e naturais locais, não pode de forma alguma ser viabilizada a instalação da Pedreira Barrosinha, uma vez que o impacte cumulativo destas duas unidades teria um caráter destruidor da memória coletiva das populações e sobre a sua paisagem natural local”.
Neste sentido, a Quercus considera ser “importante ter em consideração que a Pedreira Barrosinha se caso viesse a ser licenciada, ficaria situada num dos corredores turísticos preferenciais do eixo Batalha-Fátima, o que aumentaria exponencialmente o seu impacte visual”. Assim, a oposição ao projeto da Pedreira Barrosinha, assumida recentemente pela Câmara Municipal da Batalha, é no entender da Quercus uma “posição de defesa do ambiente, dos valores naturais, dos ecossistemas e da biodiversidade, e consequentemente, a posição correcta em defesa da população local”.