Quercus e FNAPF comemoram o “Dia Internacional das Florestas” em conjunto e chamam a atenção para as ameaças à floresta portuguesa
A Floresta é um património de valor incalculável que ainda não é devidamente valorizado pela sociedade, que tende a exaltar a sua dimensão económica e a depreciar a sua dimensão social e ambiental, alerta esta segunda-feira, Dia Mundial da Floresta, a Quercus em comunicado. Segundo a associação, “os espaços florestais devem ser contemplados de forma holística, uma vez que prestam um conjunto de benefícios notável à sociedade, como o processo de formação e conservação de solo, fixação de Carbono, preservação da biodiversidade e da paisagem ou a regularização do regime hídrico e da qualidade da água, entre outros. Uma floresta equilibrada é um ecossistema que promove a qualidade de vida da sociedade”.
É na defesa desta perspectiva comum que a QUERCUS – Associação Nacional para a Conservação da Natureza e a FNAPF – Federação Nacional das Associações de Proprietários Florestais se uniram para comemorar o Dia Internacional das Florestas. Destacando o facto das áreas de floresta natural em Portugal estarem a regredir de forma acentuada, o aumento do declínio do montado de sobreiro devido a pragas e doenças associadas a más práticas de gestão e a mortalidade nas florestas de pinheiro-bravo provocada pelo nemátode da madeira do pinheiro, as associações pretendem, neste dia, dar enfoque à preservação da floresta autóctone e à importância da existência de infra-estruturas de defesa da floresta contra incêndios, à existência de uma floresta multifuncional e à importância de uma compartimentação da floresta que quebre a continuidade dos povoamentos monoespecíficos, sejam de eucalipto, sejam de pinheiro bravo, ao combate às invasoras lenhosas e ao combate a pragas e doenças.
Assim, as duas associações realizam hoje algumas ações no concelho de Oliveira do Hospital, que integra a área de actuação da CAULE, uma das 43 Associadas da FNAPF, como forma de realçar a importância do trabalho realizado nos últimos anos, suportado por um forte investimento público na gestão da floresta, com o combate a muitas das pressões e ameaças anteriormente identificadas.