Quercus defende que modelo de abastecimento do Aeroporto do Porto seja replicado em Lisboa
A construção do “pipeline” que abastece o Aeroporto Francisco Sá Carneiro, no Porto, trouxe uma “diminuição significativa de trânsito de pesados nos concelhos envolventes”, lê-se no site da Quercus. A associação ambiental defende a necessidade de “replicar” este modelo de abastecimento em Lisboa, uma vez que o abastecimento de combustível no Aeroporto Humberto Delgado exige a “circulação diária de várias centenas de viaturas pesadas de transporte de substâncias perigosas na zona mais densamente povoada e de maior tráfego rodoviário do país”.
Esta situação exige a circulação diária de várias centenas de viaturas pesadas de transporte de substâncias perigosas na zona mais densamente povoada e de maior tráfego rodoviário do país. Segundo a Quercus, as implicações para o meio ambiente são evidentes, com “emissão de CO2 em larga escala” provocada pela queima de gasóleo no movimento dos camiões, e pela “libertação de volumes apreciáveis de vapores de “jet fuel” de cada vez que se procede ao enchimento dos camiões cisterna que o transportam”. A própria circulação dos veículos pesados provoca impactos na qualidade de vida devido ao “ruido e trepidação causada e não é desprezável o risco de acidente grave sempre que se transportam substâncias desta natureza”.
Tendo em conta o exemplo no Porto, a Quercus considera que a construção do “pipeline” para abastecimento do aeroporto da Portela tem vantagens significativas comparativamente ao atual sistema de transporte rodoviário como “maiores garantias de fornecimento de combustíveis ao aeroporto”, a “redução do tráfego de viaturas pesadas” transportando substâncias perigosas, e a “diminuição das emissões de CO2 do tráfego rodoviário”, assim como a “diminuição de libertação de vapores de combustível para a atmosfera” provocado pelo enchimento dos tanques dos camiões cisterna e a “diminuição do risco da ocorrência de acidentes rodoviários graves”, o que, no caso de transporte de “jet fuel”, pode provocar “vítimas mortais e estragos patrimoniais devido às características inflamáveis e explosivas deste tipo de combustível”.
Deste modo, a Quercus solicita ao governo que se debruce sobre este problema de modo a favorecer uma solução mais amiga do ambiente e com menos riscos para pessoas e bens.