A Quercus considera inaceitável e injustificável o prolongamento da Licença Ambiental da Central Termoelétrica de Sines. A maior empresa poluidora do país (que em conjunto com a central do Pego é responsável por quase 20% do total de emissões nacionais de GEE) produz eletricidade através da queima de carvão com um elevado grau de ineficiência.
Fazer a descarbonização do setor energético do país não é viável sem o encerramento, quer da Central Termoelétrica de Sines, quer da Central Termoelétrica do Pego, pelo que a Quercus espera que a entidade responsável pela apreciação deste pedido de renovação de licença ambiental dê total provimento às intenções manifestadas pelo Governo de não fazer a transição energética apostando no carvão, e recuse a renovação da licença agora pedida.
É oportuno relembrar que só a central e Sines representa cerca de 13% do total de emissões de gases com efeito de estufa de Portugal. Numa altura em que se pretendem dar passos sólidos no que diz respeito à
diminuição de combustíveis fosseis na produção de energia elétrica, esta é uma oportunidade que não deve ser adiada, devendo desde já ter inicio o processo de encerramento da central.
A Quercus vem assim reforçar uma posição já há muito assumida, fazendo votos para que a Agência Portuguesa do Ambiente, recuse a renovação da Licença Ambiental à Central Termoelétrica de Sines, consolidando o caminho que está a ser feito no processo de descarbonização do setor energético, e desta forma seja possível dar um passo muito significativo na redução de emissões de CO2 do Mix energético nacional.