Tal como tem vindo a ser hábito em épocas anteriores, a Quercus voltou a atribuir a classificação de “Praias com Qualidade de Ouro” às zonas balneares do país cujas águas balneares apresentam melhores resultados em termos de qualidade. Este ano, foram distinguidas 382 praias com “Qualidade de Ouro”, 338 zonas balneares costeiras, 36 interiores e oito de transição.
À semelhança dos anos anteriores, a Quercus identifica, de acordo os critérios estabelecidos pela própria Associação, as águas balneares em Portugal classificadas como tendo “Qualidade de Ouro”, com base na informação pública oficial, disponibilizada pela Agência Portuguesa do Ambiente.
Assim, a Quercus identificou, em 2016, 382 praias com “Qualidade de Ouro” em Portugal – mais 68 que no ano anterior. Deste total, 321 praias situam-se em Portugal continental, 41 na Região Autónoma dos Açores e 20 na Região Autónoma da Madeira. Este ano temos mais 57 praias costeiras, 10 interiores, e 3 de transição, a receber esta distinção.
O concelho com maior número de praias com qualidade de ouro é Albufeira (22 zonas balneares), seguido de Vila Nova de Gaia (18 zonas balneares), Almada (16 zonas balneares), Torres Vedras e Vila do Bispo (12 zonas balneares).
Em comparação com o ano 2015, perdem o galardão duas praias fluviais e três costeiras, sendo de realçar as praias de D. Ana, em Lagos, e da Leirosa, na Figueira da Foz, uma vez que a partir deste ano, passou a ser igualmente ponderado na atribuição do galardão, a existência de eventuais atentados ambientais ou paisagísticos nas praias.
Critérios a para atribuição do galardão praia com “Qualidade de Ouro”
Para receber a classificação de praia com “Qualidade de Ouro”, a água balnear das praias tem de respeitar os seguintes critérios:
– Qualidade da água EXCELENTE nas cinco últimas épocas balneares de 2011 a 2015;
– TODAS as análises realizadas, sem exceção, na última época balnear (2015) deverão ter apresentado resultados melhores que os valores definidos para o percentil 95 do anexo I da Diretiva relativa às águas balneares; ou seja, para águas costeiras e de transição, todas as análises deverão apresentar valores inferiores a 100 ufc/100ml para os Enterococos intestinais e inferiores a 250ufc/100ml para Escherichia coli, e para águas interiores 200 ufc/100ml e 500 ufc/100ml, respetivamente.
Esta avaliação efetuada pela Quercus é mais limitada em comparação com os múltiplos critérios para atribuição da Bandeira Azul, ao basear-se apenas na qualidade da água das praias, sendo contudo mais exigente neste aspeto em específico, para além de incluir todas as águas balneares, não envolvendo qualquer processo de candidatura.
O objetivo da Quercus é realçar as praias que ao longo de vários anos (cinco), apresentam sistematicamente uma água balnear de qualidade excelente (tendo em conta a classificação da legislação em vigor), e que, nesse sentido, oferecem assim uma maior fiabilidade no que respeita à qualidade da sua água.
Ficam de fora desta lista, as águas balneares cuja classificação abranja menos de cinco anos e aquelas que só mais recentemente viram resolvidos os seus problemas de poluição ou onde se tenha verificado na última época balnear uma qualquer análise de qualidade inferior à estabelecida como mínimo pela Quercus.
Este ano, pela primeira vez, será hasteada oficialmente a Bandeira “Qualidade de Ouro” na praia da Formosa, na ilha de St.ª Maria, Açores, no dia 13 de junho.