Num comunicado enviado à imprensa, a Quercus “lamenta os incêndios florestais” que têm assolado Portugal Continental nos últimos dias e “solidariza-se com os cidadãos e as organizações” que participaram no combate a estes incêndios e que “foram vítimas de danos pessoais e patrimoniais”.
Face aos acontecimentos, a Associação Nacional de Conservação da Natureza recorda e alerta para a “baixa execução financeira das medidas florestais do PDR2020, isto apesar de nos aproximarmos já do fim deste Quadro Comunitário de Apoio”. Por várias vezes, a Quercus “protestou” para a baixa execução financeira do PDR 2020 e, agora, consultando o site do PDR2020 com dados reportados a 30 de junho, “confirma-se que os números aí indicados são esclarecedores e desapontantes e revelam claramente esta baixa execução”, refere a Associação no mesmo comunicado.
Com efeito, e da consulta ao site do PDR 2020, verifica-se que as medidas florestais têm taxas e execução bem abaixo da média, com consequências “óbvias” e “negativas” na floresta portuguesa. A Quercus detalha aquelas que lhe parecem ser as situações mais graves ao nível da baixa execução financeira do PDR 2020:
- A Operação 8.1.3 – Prevenção da Floresta contra Agentes Bióticos e Abióticos (que inclui os fogos florestais) tem apenas uma execução de 37 %.
- A Operação 8.1.5 – Melhoria da Resiliência e do Valor Ambiental da Floresta (também relacionada com os fogos florestais) tem apenas uma execução financeira de 22 %.
- A Operação 8.1.2– Instalação de sistemas Agroflorestais fica-se por uma taxa de execução dececionante de apenas 12%.
Perante estes números e as tragédias relacionadas com os fogos florestais que continuam a ocorrer em Portugal, a Quercus vem mais uma vez chamar a atenção das autoridades nacionais para “a necessidade de um maior investimento na floresta, quer com recurso a fundos comunitários, quer com recurso a fundos nacionais dedicados”.