Os oceanos enfrentam várias ameaças, sendo que a mais mencionada nos últimos anos é a poluição por plásticos. No Dia Mundial dos Oceanos que se assinala esta segunda-feira a Quercus lamenta em comunicado que, apesar de este tema já ter sido “amplamente disseminado e debatido, com medidas já a serem implementadas, a população ainda não tenha tomado devida consciência da sua responsabilidade sobre esta matéria”.
Se por um lado a pandemia de Covid-19 demonstrou ao mundo que quando algumas atividades humanas param, a saúde do planeta melhora, o mesmo não podemos dizer sobre os oceanos. “A falta de civismo e educação agravou de forma visível a poluição marinha, com o descarte de objetos de protecção individual nas ruas que acabam por ter como destino final o fundo dos nossos mares e oceanos, como já reportado em várias notícias”, alerta esta associação. Para a Quercus, é essencial que as pessoas “percebam que quando pensam em deitar fora… esse fora não existe! Tudo o que descartamos acaba por, de algum modo, prejudicar o ambiente”.
Também neste dia a Quercus lamenta que mais uma vez se permita que interesses económicos se sobreponham ao interesse da conservação da natureza e de ecossistemas importantes: “é o caso da construção de empreendimentos turísticos na extensão dunar da Herdade da Comporta, com início previsto para setembro deste ano, e a retoma das dragagens no Sado”. Ambos os projetos trazem apenas “benefícios económicos sem consideração pelos impactes que terão nos ecossistemas e avançam apesar das inúmeras manifestações de indignação por parte da sociedade civil e população”, constata a associação.