São dez as novas caras que vão fazer parte do XXVIII Governo liderado por António Costa. Duarte Cordeiro e António Costa e Silva são as figuras que vão marcar o panorama económico e ambiental de Portugal. A pasta do Ambiente e da Ação Climática, até agora liderada por João Pedro Matos Fernandes, passa a ser chefiada por Duarte Cordeiro. Já o Mar e a Economia juntam-se num só Ministério que, anteriormente destinava-se exclusivamente à Economia e que era liderado por Pedro Siza Vieira, passando agora a ser comandado por António Costa e Silva, o mentor do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).
[blockquote style=”1″]Quem é Duarte Cordeiro?[/blockquote]
Duarte Cordeiro, até agora secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares, nasceu em 1979 em Lisboa, licenciou-se em Economia pelo Instituto Superior de Economia e Gestão da Universidade de Lisboa e tem uma pós-graduação em Direção Empresarial. Entre 2015 e 2019, foi vice-presidente da Câmara Municipal de Lisboa e vice-presidente do Instituto Português da Juventude. Entre 2006 e 2008, foi presidente do Conselho de Fundadores da Fundação de Divulgação das Tecnologias de Informação. Do currículo faz ainda parte o cargo de secretário-geral da Juventude Socialista, entre 2008 e 2010, sendo, atualmente, presidente da Federação da Área Urbana de Lisboa do PS.
O Ministério do Ambiente e Ação Climática passa a ter três secretarias de Estado, com o Ambiente e a Energia numa só pasta, ao contrário do anterior executivo. Mantém-se as secretarias de Estado da Conservação da Natureza, mas sem o Ordenamento do Território, e da Mobilidade, agora Mobilidade Urbana.
[blockquote style=”1″]Quem é António Costa e Silva?[/blockquote]
O “pai” do Plano de Recuperação e Resiliência e com uma carreira ligada ao setor do petróleo, é chamado para liderar o Mar e a Economia, num só Ministério. António Costa e Silva nasceu a 23 de novembro de 1952 em Catabola, no planalto central do Bié, na Angola. Com um vasto conhecimento sobre o setor energético, o ex-gestor da Partex, petrolífera da Gulbenkian, a qual foi dissolvida, licenciou-se em engenharia de minas pelo Instituto Superior Técnico, juntando depois um mestrado em engenharia de petróleos no Imperial College, em Londres, e um doutoramento sobre reservatórios petrolíferos, também em Londres e Lisboa. O início de carreira, lê-se na Lusa, destaca-se na Sonangol, depois na Companhia Portuguesa de Serviços (CPS). Foi ainda diretor executivo na multinacional francesa Compagnie Generale de Geophysique (CGG), onde coordenou projetos de exploração de petróleo no Bahrein, México e na Rússia e, mais tarde, no Instituto Francês de Petróleo, em Paris, onde lidou com alguns dos maiores campos de gás do mundo (Argélia, Venezuela, Arábia Saudita, Irão).
António Costa e Silva começou a ganhar mais “protagonismo” no panorama político quando o primeiro-ministro, a 31 de maio de 2020, o convida para coordenar a preparação do Programa de Recuperação Económica, depois da crise pandémica marcada pela Covid-19. Foi no dia 16 de abril de 2021, que António Costa e Silva passa, oficialmente, a presidir à Comissão Nacional de Acompanhamento do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).