O Programa de Aceleração Blue Bio Value vai acelerar 18 startups ligadas à bioeconomia azul, provenientes de 10 países (Portugal, Argentina, Canadá, Reino Unido, Indonésia, Finlândia, Itália, França, Suécia e Noruega). Na quarta edição, o programa, promovido pela Fundação Oceano Azul e pela Fundação Calouste Gulbenkian, em parceria com a BlueBio Alliance (BBA) e dinamizado pela Maze, recebeu 80 candidaturas provenientes de 28 países dos cinco Continentes, o que evidencia o crescente dinamismo do setor, tanto em Portugal como a nível internacional.
“Ao oferecer soluções inovadoras que não degradam a natureza e contribuem para a descarbonização da economia, as startups aceleradas no Blue Bio Value são uma prova de que um novo modelo económico é possível. O caminho da mudança passa por construir uma economia azul sustentável, renovável, neutra em carbono e sem resíduos”, diz Ana Brazão, gestora deste projeto na Fundação Oceano Azul.
Já para Filipa Saldanha, subdiretora do Programa Gulbenkian Desenvolvimento Sustentável da Fundação Calouste Gulbenkian, “o número de candidaturas e a criatividade dos projetos, provenientes dos quatro cantos do mundo, mostram o interesse crescente na biotecnologia azul e que esta é uma área, um modelo que vale a pena incentivar. É este o caminho que nos conduzirá a um novo modelo económico, fundamental no processo de transição para cadeias de valor mais sustentáveis.”
Segundo uma nota divulgada à imprensa, o Blue Bio Value Aceleração tem a duração de sete semanas: cinco remotas e duas presenciais. Durante as duas últimas semanas presenciais, as 18 startups estarão em Lisboa e terão a oportunidade para fazer networking, participar em algumas field trips a centros de investigação e empresas relacionadas com a biotecnologia azul nas zonas de Aveiro, Cantanhede, Lisboa e Porto, fazer parte do ocean day, do enterpreneurship day e finalmente convencer o júri com o seu final pitch (25 de novembro). “Estão já agendadas mais de 100 reuniões entre participantes e mentores em áreas tão variadas como a biotecnologia, o acesso a financiamento, marketing e comunicação, e aconselhamento legal”, lê-se na mesma nota partilhada pelas entidades promotoras.
A Fundação Oceano Azul e a Fundação Calouste Gulbenkian, em parceria com a Bluebio Alliance, irão apoiar os participantes de forma a: “Validar as tecnologias desenvolvidas”; “Adquirir competências de gestão, criando bases para o desenvolvimento de novos produtos e serviços mais sustentáveis e economicamente viáveis, para um mercado global”; “Aceder a uma rede única de mentores nacionais e internacionais, parceiros especialistas no setor, potenciais clientes e investidores”.
As startups que mais se destacarem no decorrer da aceleração serão as vencedoras do final pitch e por isso serão premiadas com um valor de 45 mil euros para ser utilizado no desenvolvimento dos projetos.
Através do programa Blue Bio Value, as fundações Oceano Azul e Calouste Gulbenkian pretendem capacitar startups na área de biotecnologia azul e mostrar múltiplas oportunidades que o país oferece, contribuindo assim para afirmar Portugal como um centro europeu relevante e inovador no desenvolvimento da mais moderna bioeconomia marinha.
Lançado em 2018, o Programa Blue Bio Value já acelerou 42 empresas de 15 nacionalidades. Nestas 4 edições do programa, as Fundações Oceano Azul e Calouste Gulbenkian já investiram um total de 2M€, contribuindo para que três startups internacionais se sediassem em Portugal e mais de 70% dos participantes no programa expandissem as suas atividades devido à melhoria dos seus produtos.