Quando a energia solar é fonte de poupança na agricultura
Com os visíveis efeitos das alterações climáticas em Portugal, os produtores agrícolas têm percecionado um aumento nas despesas relacionadas com o consumo de energia e água. Com o objetivo de contrariar esta situação, a Boa Energia aposta na modernização dos recursos hídricos, através da implementação da solução Maslowaten, que permite alcançar ganhos energéticos nas explorações bem como reduzir custos de produção.
É uma solução inovadora e ecológica que consiste no uso de sistemas de bombagem fotovoltaica para irrigação agrícola, maximizando a utilização fotovoltaica em sistemas de bombagem e rega de larga escala, obtendo poupanças que poderão ultrapassar os 50%.
Este sistema de bombagem fotovoltaica permite, através de programação associada a um algoritmo, minimizar o impacto das interrupções associadas à produção de energia fotovoltaica. Assim, é garantida a segurança do abastecimento e a fiabilidade dos equipamentos a curto e longo prazo. O sistema poderá ser isolado ou integrado com apoio da rede ou gerador de rega já existente, sendo adaptada à sazonalidade e às necessidades de cada exploração.
“Sabemos que os agricultores portugueses têm sofrido com as recentes alterações climatéricas obrigando-os a fazer esforços acrescidos para conseguir assegurar as melhores condições para as suas explorações. Vemos e sentimos esses esforços principalmente no Verão. Fomos selecionados para integrar os seminários de transferência de tecnologia do projeto Maslowaten e sermos representantes desta solução em Portugal. Este sistema permite maximizar a utilização de energia fotovoltaica na agricultura e gerar poupanças que poderão chegar ou ultrapassar os 50%. Acreditamos que a modernização da agricultura em Portugal passará por ideias inovadoras aliadas à tecnologia e à sustentabilidade. Só assim estaremos todos mais comprometidos com a agricultura portuguesa” admite Miguel Aroso, cofundador da Boa Energia.
O Projeto Maslowaten, coordenado pela Universidade Politécnica de Madrid, conta ainda com a participação da Universidade de Évora.