PwC: Emissões de carbono do G20 sem melhorias
Pela primeira vez desde o ano 2000, não foi detectada qualquer melhoria no que diz respeito à redução da intensidade das emissões de carbono (que reflecte o mix dos combustíveis, eficiência energética e o equilíbrio da indústria e dos serviços) nos países do G20, apesar de se ter registado uma recuperação modesta da economia global, segundo revela a consultora PwC. Os resultados do relatório “PwC Low Carbon Economy Index” põem em causa a meta de “descarbonização” global e o objectivo de limitar o aquecimento global a 2 graus celsius. No dia em que começa a Cimeira do Clima em Durban (África do Sul), o relatório destaca “o enorme desafio que os países desenvolvidos enfrentam no que diz respeito ao financiamento de uma economia de baixo carbono”. Segundo o documento, durante a recessão, “muitos países viram as suas emissões de carbono cair mais rapidamente do que o PIB, em especial devido à quebra na produção industrial. Mas em 2010 essa tendência foi invertida: o crescimento do PIB mundial foi de 5,1% e o aumento das emissões de carbono foi superior a 5,8%, tendo sido a primeira vez em vários anos que se verificou um aumento tão significativo”. De acordo com o estudo da PwC, o aumento da intensidade de carbono em 2010 ficou a dever-se “às emissões das economias emergentes como a China, Brasil e Coreia, aos Invernos mais rigorosos, à queda do preço do carvão em relação ao gás e à quebra na implementação das energias renováveis”. Globalmente, para se conseguir atingir os objectivos definidos, é necessário reduzir a intensidade de carbono em 4,8% ao ano, um valor duas vezes superior à taxa exigida em 2000. O relatório salienta que “a menos que a relação existente entre as emissões de carbono e o crescimento económico seja rompida, a perspectiva de alcançar a meta dos 2 graus celsius, tal como declarado pelos governos na última cimeira em Cancun, não será atingido”.